Recessão sexual: cresce o número de americanas que optam pelo celibato e culpam o sexo casual
Mandana Zarghami, de 29 anos, ficou celibatária por quatro. Os homens facilitaram bastante a sua decisão, diz ela.
A vilã, segundo Mandana e outras mulheres da sua geração, é a cultura do sexo casual, auxiliada por aplicativos de namoro. Para elas, essa realidade arruinou a intimidade.
"A cultura do sexo casual não beneficia as mulheres de forma alguma. Beneficia apenas o homem", declarou ela ao "NY Post". "Não estou aqui para julgar, mas, ao mesmo tempo, o sexo casual arruína a parte em que, quando você realmente encontra aquela pessoa com quem quer passar o resto da vida, isso tira aquele momento especial e íntimo que você tem com ela", acrescentou a americana da Flórida.
Mandana é apenas uma entre uma série de jovens Geração Z e da geração Y que estão alimentando uma recessão sexual sem precedentes nos EUA. Em todo o país, jovens solteiras estão se abstendo de sexo como nunca antes — não porque estejam se guardando para o casamento por motivos religiosos, mas porque estão cansadas do mundo do namoro digital e da cultura do sexo casual.
Depois de muitos relacionamentos fracassados, Mandana resolveu fazer uma mudança drástica na sua vida amorosa. O celibato foi a resposta.
"Os primeiros seis meses a um ano foram incrivelmente difíceis porque acho que, como humanos, prosperamos nessa conexão com outra pessoa. Mas então um ano se transformou em dois, que se transformaram em três, que se transformaram em quatro anos. Fiz essa promessa a mim mesma: até estar num relacionamento sério, quero ser celibatária", explicou.
Depois de quebrar sua sequência de quatro anos sem no ano passado, Mandana voltou ao celibato após perceber que o homem com quem se envolvera não valia a pena.
As celibatárias Mandana Zarghami (à esquerda) e Kayla Caputo
Reprodução/Instagram
Kayla Caputo, influencer de moda e viagem e moradora de Nova Jersey (EUA), 29 anos, segue a mesma linha de comportamento.
"Sinto que a cultura do sexo casual arruinou o namoro porque quase parece que esse é o objetivo final, quase. É como se as pessoas fossem tão treinadas agora a simplesmente pedir para você ir para casa com elas. É tão bizarro", desabafou ela.
Para Kayla, ir para a cama com quem você acabou de conhecer "confunde o seu julgamento sobre como você realmente se sente em relação à pessoa".
Ema Skauminaite
Reprodução/Instagram
"Tenho várias amigas que também se tornaram celibatárias. É tão generoso fazer parte dessa tribo e alimentar essas amizades e relacionamentos em vez de desperdiçar energia, dinheiro e tempo num encontro do Tinder", disse ao "NY Post" Ema Skauminaite, de 28 anos, enfermeira viajante que atualmente mora na Noruega e está celibatária há cinco meses.