Na rua de casa, às vezes diminuía o ritmo pra ouvir os últimos versos da música. Não podia interromper. Seria um pecado. Ao virar a chave e entrar, tinha certeza de que o deserto da rua, da noite, da lida, mais uma vez não tinha me pegado.

Outro dia era possível.

Obrigado, Lô.

Meia noite, uma da manhã, o ônibus cheio de cansaços. A madrugada na brisa fria e os acordes de 'Paisagem...' ou 'Um Girassol...' ocupavam a mente sofrida. Combatiam a desesperança. Toda aquela beleza era possível. Então a vida era possível. Assim eu singrava pelas ruas de Belém até meu subúrbio.

Eu ia fazer o mesmo relato kkkk. A cosquinha na mão quando ela cava.

Acho que esse é o desafio da nossa geração, né?
Usar nosso cérebro para nós, para nossa satisfação, contra o sentido fútil da produtividade capitalista. Talvez alcançar isso nos torne essa pessoa ativa, curiosa e lúcida até o fim da vida.

E ele faz alusão a um filme passado numa guerra que os EUA perderam...