Funde-se dentro de mim seu ramo bipartido, fendas semelhantes às fendas das romãs, as mariposas verdes e vermelhas escapam pelas rachaduras, adejam no meu corpo, afloram os ombros de Abel e logo surgem, trançadas, feitas de lã e seda, nos desenhos do tapete, imóveis.
Repete-se e povoa-se, abre, até onde pode e suporta, o seu arcano, leva-me, vai, introduz-me, sem ostentação e sem pudor, num mundo jubiloso, convulsionado, fragmentário, duro, sujeito à decifração e não esconde os seus lixos. Por que o faz?
sou esta insígnia e busco seus cabelos agitados no meu braço direito e minha mão esquerda firme sobre o punho uma travessa arrastando-a para mim acunhando-a um golpe sua cabeça a de um ser torturado e rumores de asas de voos próximos na cabeleira revolta trançada
Esse jogo de espádua dissimulado e preciso, reflete-se nas costas, cavando a curva acima das nádegas trêmulas e ressaltando, pelo contraste, o seu modelado.
Cecília, eu e Cecília, sentados no chão, não longe do cavalo, entre os arbustos retorcidos e de caule espinhento, a cabeça de um recostada no joelho soerguido do outro.
Mais feliz, nessa instância, o meu avô, que tantos outros a quem julga na vida: seu julgamento, se há, independe de mãos tão coerentes e cautas quanto as suas.
E eu tento outra vez como quem tenta um salto, um mergulho, um passe acrobático, tento outra vez, agora com mais força, com mais ódio, e grito: "Inferno!".
uma realidade segunda contígua à que entorpecidos — o hábito, o hábito — manipulamos eis então seu sentido e sua força ela guarda em si o que nomeia o mundo o surgir o evolver o acabar
À medida que me voltam as forças, acaricio menos a marca da bala e cresce a insistência com que ele me interroga: "Por que atentou contra a sua vida? Com a minha própria arma! E se houvesse morrido?".