Lucas Salgado
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Lucas Salgado
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· Aug 29
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· Aug 10
Diretores elegem seus 10 filmes nacionais favoritos do século XXI; veja listas individuais em votação do GLOBO
Votação do GLOBO com a participação de mais de 100 diretores elegeu os 50 melhores filmes brasileiros do século XXI. "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, ficou com a primeira colocação na lista final, com "Ainda estou aqui", de Walter Salles, e "O som ao redor", de Kleber Mendonça Filho, completando o pódio.
Os 50 melhores filmes brasileiros do século XXI: confira os longas selecionados por diretores, monte a sua lista e compartilheOs voantes vão de realizadores reconhecidos como Fernando Meirelles, Jorge Furtado, Bruno Barreto, Anna Muylaert, Heitor Dhalia, Karim Aïnouz, Vicente Amorim e Petra Costa a atores com trabalhos na direção como Antonio Pitanga, Leandra Leal, Lázaro Ramos, Selton Mello e Caio Blat. De veteranos como Daniela Thomas, Helena Solberg, Ivan Cardoso, Joel Zito Araújo, Walter Carvalho e Zelito Vianna a profissionais mais jovens como Gabriel Martins, Glenda Nicácio, Maria Clara Escobar, Matheus Souza e Yasmin Thayná. Os cineastas fizeram as listas com seus dez favoritos entre longas-metragens nacionais lançados neste século, sem ordem de preferência. Votações concluídas e informações computadas, chegou-se a uma seleção dos 50 filmes essenciais dos últimos 25 anos.
Confira as listas individuais de alguns dos realizadores que participaram da votação:
Allan Deberton
"O céu de Suely"
"Carvão"
"Madalena Satã"
"Que horas ela volta?"
"Tatuagem"
"O lobo atrás da porta"
"Estômago"
"Lavoura arcaica"
"Abril despedaçado"
"Mutum"
Aly Muritiba
"Santiago"
"Edifício Master"
"Madame Satã"
"Histórias que nosso cinema (não) contava"
"Abril despedaçado"
"Cinema, aspirinas e urubus"
"Cidade de Deus"
"Branco sai, preto fica"
"Oeste outra vez"
"Ainda estou aqui"
Ana Carolina
"Santiago"
"Juventude"
"Amélia"
"O cheiro do ralo"
"O dia em que meus pais saíram de férias"
"Árido movie"
"Saneamento básico, o filme"
"Ensaio sobre a cegueira"
"Estômago"
"Sertânia"
Anna Muylaert
"Amarelo manga"
"Madame Satã"
"Cidade de Deus"
"O dia que te conheci"
"Trabalhar cansa"
"Santiago"
"Edifício Master"
"Ônibus 174"
"O som ao redor"
"Mato seco em chamas"
Antonio Pitanga
"O som ao redor"
"Aquarius"
"Bacurau"
"O grande circo místico"
"Cidade de Deus"
"Tropa de elite"
"O auto da Compadecida"
"Ainda estou aqui"
"Marte um"
"Que horas ela volta?"
Arthur Fontes
"Cidade de Deus"
"O som ao redor"
"Santiago"
"Edifício Master"
"Carandiru"
"Casa de areia"
"Ainda estou aqui"
"Jogo de cena"
"Eu, Tu, Eles"
"Estômago"
Bia Lessa
"Carandiru"
"Mato seco em chamas"
"Jogo de cena"
"O fim e o principio"
"Santiago"
"Cinema Novo"
"Retratos fantasmas"
"A queda do céu"
"Uma baía"
"Ainda estou aqui"
Bruno Safadi
"Serras da Desordem"
"O signo do caos"
"Filme de amor"
"A longa viagem do ônibus amarelo"
"Estrada para Ythaca"
"Jogo de cena"
"Ela volta na quinta"
"Mato seco em chamas"
"Gerente"
"Arábia"
Caio Blat
"Cidade de Deus"
"O som Ao redor"
"Amarelo manga"
"Jogo de cena"
"BR 716"
"Santiago"
"Que horas ela volta?"
"O diabo na rua no meio do redemunho"
"Branco sai, preto fica"
"Cinema, aspirinas e urubus"
Cristiano Burlan
"O signo do caos"
"Serras da desordem"
"Cinema, aspirinas e urubus"
"Jogo de cena"
"Trabalhar cansa"
"O som ao redor"
"A cidade é uma só?"
"Que horas ela volta?"
"Arábia"
"Sertânia"
Daniela Thomas
"Terra deu, terra come"
"Edifício Master"
"Viajo porque preciso, volto porque te amo"
"Branco sai, preto fica"
"Era o Hotel Cambridge"
"Cão sem dono"
"Hans Staden"
"Boi Neon"
"Manas"
"Arábia"
Djin Sganzerla
"Baronesa"
"A última flor do Buriti"
"Serras da Desordem"
"O lobo atrás da Porta"
"O signo do caos"
"Tatuagem"
"Cinema, aspirinas e urubus"
"Luz nas Trevas — A volta do bandido da luz vermelha"
"A longa viagem do ônibus amarelo"
"Jogo de Cena"
Erico Rassi
"Mato seco em chamas"
"O som ao redor"
"O dia que te conheci"
"Edifício Master"
"O invasor"
"Jogo de cena"
"Falsa loura"
"Arábia"
"Benzinho"
"No coração do mundo"
Esmir Filho
"Lavoura Arcaica"
"Santiago"
"A festa da menina morta"
"Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios"
"Tatuagem"
"Branco sai, preto fica"
"Corpo elétrico"
"Pela janela"
"A vida invisível"
"Ainda estou aqui"
Fernanda Pessoa
"Arábia"
"Serras da Desordem"
"Entreatos"
"Trabalhar cansa"
"Jogo de cena"
"Branco sai, preto fica"
"Luz nos trópicos"
"Deserto particular"
"Que horas ela volta?"
"Viajo porque preciso, volto porque te amo"
Fernando Coimbra
"Amélia"
"Cinema, aspirinas e urubus"
"Santiago"
"Cidade de Deus"
"Edifício Master"
"Manas"
"A vida invisível"
"Baby"
"A erva do rato"
"Viajo porque preciso, volto porque te amo"
Fernando Grostein Andrade
"Ainda estou aqui"
"A espera"
"Bacurau"
"Bicho de sete cabeças"
"Cidade de Deus"
"Corações sujos"
"Manas"
"Marte um"
"Santiago"
"Tropa de elite"
Gabriel Martins
"O invasor"
"O som ao redor"
"Garotas do ABC"
"Serras da desordem"
"Jogo de cena"
"A cidade é uma só"
"Ela volta na quinta"
"Sinfonia da necrópole"
"Arábia"
"Oeste outra vez"
Gabriel Mascaro
"Cinema, aspirinas e urubus"
"Viajo porque preciso, volto porque te amo"
"Bacurau"
"Jogo de cena"
"Cidade de Deus"
"Inferninho"
"Madame Satã"
"Ainda estou aqui"
"Branco sai, preto fica"
"Abril despedaçado"
Gabriela Amaral Almeida
"Pacific"
"Santiago"
"O som ao redor"
"Edifício Master"
"Temporada"
"Trabalhar cansa"
"Cidade Baixa"
"Cidade de Deus"
"Madame Satã"
"Branco sai, preto fica"
Halder Gomes
"Entre irmãs"
"O caminho das nuvens"
"Deus é brasileiro"
"Cabras da peste"
"Mãe e filha"
"Cidade de Deus"
"Heleno"
"A história da eternidade"
"Aquarius"
"Que horas ela volta?"
Heitor Dhalia
"Cidade de Deus"
"Homem com H"
"Madame Satã"
"Amarelo Manga"
"Bacurau"
"Ainda estou aqui"
"O invasor"
"Cinema, aspirinas e urubus"
"Cidade Baixa"
"Jogo de cena"
Helena Solberg
"Cinema, aspirinas e urubus"
"Estamira"
"Ainda estou aqui"
"Saneamento básico, o filme"
"Sinfonia de um homem comum"
"Elis & Tom"
"O lobo atrás da porta"
"Manas"
"Madame Satã"
"Cidade de Deus"
Hilton Lacerda
"Filme de amor"
"O signo do caos"
"O céu de Suely"
"Serra da desordem"
"Jogo de cena"
"Viajo porque preciso, volto porque te amo"
"O som ao redor"
"Temporada"
"A febre"
"Sertânia"
Ivan Cardoso
"Xuxa popstar"
"As feras"
"As domésticas"
"Um lobisomem na Amazônia"
"A encarnação do demônio"
"Bruna Surfistinha"
"Pelé eterno"
"Dunas do barato"
"Minha fama de mau"
"Ivan, o terrírvel"
Jeferson De
"Edifício Master"
"A última floresta"
"Marte um"
"Deus é brasileiro"
"Cidade de Deus"
"Bacurau"
"O bicho de sete cabeças"
"Sudoeste"
"Ferrugem"
"O lobo atrás da porta"
Joel Zito Araújo
"Edifício Master"
"Abril despedaçado"
"Bicho de sete cabeças"
"O som ao redor"
"Amarelo Manga"
"Carandiru"
"Ônibus 174"
"O auto da Compadecida"
"Marte um"
"Torre das donzelas"
Johnny Massaro
"A festa da menina morta"
"Carvão"
"Baby"
"Jogo de cena"
"Casa de areia"
"O lobo atrás da porta"
"Madame Satã"
"Manas"
"Estamira"
"Elena"
Jorge Bodanzky
"Edifício Master"
"Cinema, aspirinas e urubus"
"O céu de Suely"
"Viajo porque preciso, volto porque te amo"
"O som ao redor"
"O dia que durou 21 anos"
"Ela volta na quinta"
"Piripkura"
"Segredos de Putumayo"
"Malu"
Jorge Furtado
"Cidade de Deus"
"O som ao redor"
"O Ano em que meus pais saíram de férias"
"Que horas ela volta?"
"Santiago"
"Justiça"
"Benzinho"
"Ainda estou aqui"
"As verdades"
"Pedágio"
José Eduardo Belmonte
"Justiça"
"Marte um"
"Boi Neon"
"Madame Satã"
"Cinema, aspirinas e urubus"
"Sudoeste"
"Temporada"
"Que horas ela volta?"
"Cão sem dono"
"Cidade de Deus"
Lázaro Ramos
"O auto da Compadecida"
"Madame Satã"
"Que horas ela volta"
"Minha mãe é uma peça"
"Café com canela"
"Cidade de Deus"
"Chico Bento e a goiabeira maravilha"
"Filhas do vento"
"Medida provisória"
"Marte um"
Leandra Leal
"Madame Satã"
"O som ao redor"
"Pedágio"
"Amarelo manga"
"Que horas ela volta?"
"Fico te devendo uma carta sobre o Brasil"
"O lobo atrás da porta"
"Ainda estou aqui"
"Manas"
"Edifício Master"
Lírio Ferreira
"Serras da desordem"
"Luz nos trópicos"
"Amarelo manga"
"A alma do osso"
"Viajo porque preciso, volto porque te amo"
"Pan-cinema permanente"
"O signo do caos"
"Branco sai, preto fica"
"O invasor"
"Tatuagem"
Luciana Bezerra
"Bicho de sete cabeças"
"Cidade de Deus"
"O céu de Suely"
"5x favela — Agora por nós mesmos"
"As boas maneiras"
"Temporada"
"Bacurau"
"Meu nome é Bagdá"
"A festa de Léo"
"Kasa Branca"
Luciano Vidigal
"Marte um"
"Madame Satã"
"A negação do Brasil"
"O invasor"
"Que horas ela volta?"
"A pessoa é para o que nasce"
"Mutum"
"Edifício Master"
"Bacurau"
"Cidade de Deus"
Luiz Carlos Lacerda
"Nelson Pereira dos Santos — Uma vida de cinema"
"O lobo atrás da porta"
"A mãe"
"Mais pesado que o céu"
"Pacarrete"
"Tatuagem"
"Cartola"
"Cidade de Deus — 10 anos depois"
"Roberto Farias — Memórias de um cineasta"
"Como é cruel viver assim"
Marco Dutra
"Amélia"
"Durval Discos"
"O prisioneiro da grade de ferro"
"Garotas do ABC"
"Justiça"
"Cleópatra"
"Um dia na vida"
"Branco sai, preto fica"
"TOC: Transtornada Obsessiva Compulsiva"
"Marte um"
Marcos Jorge
"Amarelo Manga"
"A vida invisível"
"Benzinho"
"Carandiru"
"Cidade Baixa"
"Cidade de Deus"
"Marte Um"
"O invasor"
"Que horas ela volta?"
"Tropa de Elite"
Otto Guerra
"O céu de Suely"
"O auto da Compadecida"
"Marte um"
"O menino e o mundo"
"Estômago"
"O cheiro do ralo"
"Bacurau"
"Que horas ela volta?"
"Cinema, aspirinas e urubus"
"O som ao redor"
Pedro Bial
"Santiago"
"Cidade de Deus"
"Madame Satā"
"Cine Marrocos"
"Ainda estou aqui"
"Nem tudo se desfaz"
"O mês que não terminou"
"Uma noite em 67"
"Marte um"
"Ônibus 174"
Petra Costa
"Viajo porque preciso, volto porque te amo"
"Boi neon"
"Terra deu, terra come"
"Ainda estou aqui"
"O som ao redor"
"Mutum"
"Santiago"
"No intenso agora"
"Doméstica"
"O fim e o principio"
Rodrigo Aragão
"Cidade de Deus"
"Tropa de elite"
"Nervo craniano zero"
"O auto da Compadecida"
"Carandiru"
"Bacurau"
"Estômago"
"Madame Satã"
"Encarnação do demônio"
"Morto não fala"
Sandra Kogut
"Madame Satã"
"Cidade Baixa"
"Cinema, aspirinas e urubus"
"Serras da desordem"
"Jogo de cena"
"O som ao redor"
"Branco sai, preto fica"
"Martírio"
"Sertânia"
"Ainda estou aqui"
Sandra Werneck
"Cidade de Deus"
"Carandiru"
"Que horas ela volta?"
"Santiago"
"O som ao redor"
"Ainda estou aqui"
"Lavoura Arcaica"
"Madame Satã"
"Saneamento básico, o filme"
"O bicho de sete cabeças"
Sergio Machado
"Edifício Master"
"Madame Satã"
"Ainda estou aqui"
"Martírio"
"Santiago"
"O som ao redor"
"Cinema, aspirinas e urubus"
"Marte um"
"Boi neon"
"Cidade de Deus"
Silvio Guindane
"Linha de passe"
"A beira do caminho"
"Tatuagem"
"Dois filhos de Francisco"
"Mãe só há uma"
"Nome próprio"
"O invasor"
"A febre do rato"
"O beijo no asfalto"
"Tempos de paz"
Tatá Amaral
"Aos olhos de Ernesto"
"Carvão"
"Como nossos pais"
"Levante"
"Manas"
"Meu nome é Bagdá"
"Que horas ela volta?"
"Racionais MC's — Das ruas de São Paulo pro mundo"
"Sem coração"
"Uma longa viagem"
Vicente Amorim
"Árido movie"
"Madame Satã"
"Ainda estou aqui"
"O invasor"
"Tropa de elite 2 — O inimigo agora é outro"
"O cheiro do ralo"
"Transe"
"Bicho de sete cabeças"
"Santiago"
"Cidade de Deus"
Zelito Vianna
"Cidade de Deus"
"Tropa de Elite"
"Bicho de sete cabeças"
"Dois filhos de Francisco"
"Carandiru"
"Saneamento Básico, o filme"
"A vida invisível"
"Cinema, aspirinas e urubus"
"Ainda estou aqui"
"Marte um"
Lista completa de votantes
Affonso Uchoa, Allan Deberton, Aly Muritiba, Ana Carolina, Ana Luiza Azevedo, Anna Muylaert, Antonio Pitanga, Arthur Fontes, Bárbara Paz, Bia Lessa, Bruno Barreto, Bruno Safadi, Caio Blat, Carla Camurati, Carlos Saldanha, Carolina Markowicz, Cavi Borges, Cris D’Amato, Cristiane Oliveira, Cristiano Burlan, Dandara Ferreira, Daniel Rezende, Daniel Ribeiro, Daniela Thomas, Djin Sganzerla, Eduardo Albergaria, Eduardo Escorel, Erico Rassi, Esmir Filho, Estevão Ciavatta, Fernanda Pessoa, Fernando Coimbra, Fernando Fraiha, Fernando Grostein Andrade, Fernando Meirelles, Flávia Castro, Flávia Lacerda, Flávio R. Tambellini, Gabriel Martins, Gabriel Mascaro, Gabriela Amaral Almeida, Glenda Nicácio, Guto Parente, Halder Gomes, Heitor Dhalia, Helena Solberg, Helvécio Ratton, Hilton Lacerda, Hsu Chien, Ivan Cardoso, Jeferson De, Joana Mariani, João Falcão, João Jardim, Joel Zito Araújo, Johnny Massaro, Jorge Bodanzky, Jorge Furtado, José Eduardo Belmonte, José Joffily, José Luiz Villamarim, Julia Murat, Julia Rezende, Juliano Dornelles, Karim Aïnouz, Kátia Lund, Lázaro Ramos, Leandra Leal, Lillah Halla, Lina Chamie, Lírio Ferreira, Lúcia Murat, Luciana Bezerra, Luciano Vidigal, Luiz Bolognesi, Luiz Carlos Lacerda, Marcelo Caetano, Marco Dutra, Marcos Jorge, Maria Augusta Ramos, Maria Clara Escobar, Marianna Brennand, Marina Person, Matheus Souza, Maurilio Martins, Maya Da-Rin, Miguel Faria Jr, Mini Kerti, Otto Guerra, Paulo Sérgio Almeida, Pedro Antônio, Pedro Bial, Pedro Diógenes, Pedro Kos, Petra Costa, Petrus Cariry, Renata Pinheiro, Renato Terra, René Sampaio, Rodrigo Aragão, Rodrigo França, Sabrina Fidalgo, Sandra Kogut, Sandra Werneck, Selton Mello, Sergio Machado, Sergio Rezende, Silvio Guindane, Susanna Lira, Tata Amaral, Tizuka Yamasaki, Vicente Amorim, Viviane Ferreira, Wagner de Assis, Walter Carvalho, Yasmin Thayná e Zelito Vianna.
dlvr.it
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· Aug 7
Cineastas elegem os 50 melhores filmes brasileiros do século XXI; confira a lista completa
Oscar, Globo de Ouro, Urso de Prata no Festival de Berlim, prêmios de melhor direção e ator em Cannes e de melhor roteiro em Veneza... O clima foi de orgulho e celebração no cinema brasileiro no último ano. E aproveitando as festas de seu centenário, o GLOBO decidiu unir as comemorações e convidar mais de 100 cineastas brasileiros para uma missão: escolher os melhores filmes nacionais do século XXI.
O ambiente especial do GLOBO traz a lista completa dos 50 melhores filmes brasileiros do período, com informações sobre cada obra e depoimentos de votantes, além da possibilidade do leitor criar seu próprio ranking. Confira no link abaixo:
Os 50 melhores filmes brasileiros do século XXI: confira os longas selecionados por diretores, monte a sua lista e compartilhe
De realizadores consagrados como Fernando Meirelles, Anna Muylaert, Bruno Barreto, Heitor Dhalia, Karim Aïnouz, Vicente Amorim, Jorge Furtado e Petra Costa, a atores com trabalhos na direção como Antonio Pitanga, Lázaro Ramos, Selton Mello, Leandra Leal e Caio Blat. De veteranos como Daniela Thomas, Helena Solberg, Ivan Cardoso, Joel Zito Araújo, Walter Carvalho e Zelito Vianna a mais jovens como Gabriel Martins, Glenda Nicácio, Maria Clara Escobar, Matheus Souza e Yasmin Thayná. Os cineastas encaminharam suas listas dos dez longas-metragens nacionais favoritos lançados no século, sem ordem de preferência. Votações concluídas, informações computadas e cruzadas, chegou-se a uma seleção final.
A missão não foi nada fácil. Entre janeiro de 2000 e junho de 2025, nada menos que 2.579 longas tiveram lançamento comercial nas salas de cinema do Brasil, segundo dados do site Filme B. A vasta quantidade e qualidade das produções dificultaram o trabalho dos votantes. “Selecionei filmes que me impactaram. Provavelmente, se tiver que fazer isso de novo as opções irão variar”, escreveu Fernando Meirelles ao enviar sua lista. Quem também sofreu foi Marcos Jorge, que afirmou: “Tarefa difícil essa. Foi um sacrifício limar filmes excelentes e imperdíveis da lista.” Já Rosane Svartman preferiu se ausentar da votação e brincou: “Vou panicar se tiver que fazer essa lista”.
Johnny Massaro foi reflexo da dificuldade da escolha. “Aff, isso é muito difícil”, se divertiu o ator e diretor que editou sua lista quatro vezes antes de chegar na versão final. Já a diretora Sabrina Fidalgo pediu um prazo maior para fazer o dever de casa e quis assistir a alguns filmes que ainda não tinha visto. A lista completa com os 117 realizadores que participaram da votação está disponível no site do GLOBO.
Orgulho nacional
Clássico moderno indicado a quatro estatuetas do Oscar, “Cidade de Deus” (2002) foi o escolhido como o melhor filme nacional do século XXI pelos diretores brasileiros. O drama de Fernando Meirelles, com codireção de Kátia Lund, foi citado em mais de 50% dos votos. Adaptação de romance homônimo de Paulo Lins, o filme impulsionou as carreiras do roteirista Bráulio Mantovani, do montador (e hoje diretor) Daniel Rezende, do diretor de fotografia César Charlone e de muitos atores, como Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino, Douglas Silva, Roberta Rodrigues, Alice Braga, Seu Jorge, dentre outros.
Cena do filme 'Cidade de Deus'
Reprodução
— Com direção e montagem impecáveis, atuações marcantes e uma brasilidade pulsante, “Cidade de Deus” atravessou fronteiras e transformou a forma como o cinema brasileiro é visto no mundo — destaca Carlos Saldanha, diretor conhecido pelo trabalho nas animações “Rio” (2011) e “A era do gelo” (2002), e que assistiu ao longa de Meirelles em Nova York. — Foi uma experiência inesquecível. A sala estava lotada de brasileiros e estrangeiros, e as reações foram unânimes. Todos saímos emocionados, impactados e orgulhosos da força desse filme.
O oscarizado “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, ficou com a medalha de prata na votação. O Original Globoplay estrelado por Fernanda Torres e inspirado em livro de Marcelo Rubens Paiva sobre o desaparecimento de seu pai durante a ditadura militar levou 5,8 milhões de pessoas às salas de cinema do país, sendo o filme mais visto pós-pandemia. E também encantou os colegas de profissão de Salles.
— “Ainda estou aqui” é um filme que coloca a história e a emoção que provoca acima de tudo. Não tem firulas, é sóbrio, elegante, e abre espaço para os atores brilharem. Um filme maduro de quem sabe onde pisa — afirma Fernando Meirelles. — Além disso, é o filme certo na hora certa. Lembra a quem tem menos de 50 anos e andou pedindo intervenção militar o que significa ser privado de democracia.
Fernanda Torres em cena de "Ainda estou aqui"
Reprodução
De comédias populares como “Saneamento Básico, o filme” (2007) e “O auto da compadecida” (2000) a obras cultuadas como “Que horas ela volta?” (2015) e “Marte um” (2022), sem esquecer de documentários como “Serras da desordem” (2006) e “Martírio” (2016), a seleção comprova a potência do nosso cinema.
Eduardo Coutinho, com “Edifício Master” (2002) e “Jogo de cena” (2007), é o único realizador com dois filmes no top 10, enquanto que Karim Aïnouz foi o com maior número de participações na seleção. O cineasta cearense tem nada menos que quatro obras entre as 50 melhores: “Madame Satã” (2002), “O céu de Suely” (2006) , “A vida invisível” (2019) e “Viajo porque preciso,volto porque te amo” (2009), codirigido por Marcelo Gomes, que também está na lista com “Cinema, aspirinas e urubus” (2005). Salles, com “Ainda estou aqui” e “Abril despedaçado” (2001), Kleber Mendonça Filho, com “O som ao redor” (2012), “Aquarius” (2016) e “Bacurau” (2019), Adirley Queirós, com “Branco sai, preto fica” (2014) e “Mato seco em chamas” (2022), José Padilha, com “Ônibus 174” (2002) e “Tropa de elite” (2007), André Novais Oliveira, com “Ela volta na quinta” (2015) e “Temporada” (2018) e a dupla Juliana Rojas e Marco Dutra, com “Trabalhar cansa” (2011) e “As boas maneiras” (2017), também tiveram mais de uma menção na lista.
Karim Aïnouz em praia do Ceará que serve de locação para 'Motel destino'
Divulgação / Jarbas Oliveira
A lista dos 50 melhores filmes brasileiros do século XXI (confira os dez primeiros abaixo e a lista completa aqui) conta com produções de quase todos os anos do período, incluindo 2025, representado por “Homem com H”, cinebiografia de Ney Matogrosso por Esmir Filho, que ficou na 50ª posição. O ano com maior número de obras na lista é 2007, com um total de seis menções: “Jogo de cena”, “Tropa de elite”, “Santiago”, de João Moreira Salles, “Estômago”, de Marcos Jorge, “Saneamento básico, o filme”, de Jorge Furtado, e “Mutum”, de Sandra Kogut.
Espelho da sociedade
Ainda que a seleção apresente uma representatividade e diversidade maior do que a imaginada em outros períodos do cinema nacional, a votação ainda reflete uma cinematografia que ainda é majoritariamente realizada por homens brancos. Ao todo, entre direções e codireções, são 13 obras realizadas por mulheres, incluindo duas no top 10: “Que horas ela volta?” (2015), de Anna Muylaert, e “Bicho de sete cabeças” (2000), de Laís Bodanzky. A presença feminina foi de 26% na lista final e de aproximadamente 40% no corpo de votantes. Já os filmes com realizadores negros formam apenas 8% da lista, com só um entre os dez primeiros, “Marte um” (2022), de Gabriel Martins. Diretores negros compõem cerca de 12% dos eleitores.
'Marte um', de Gabriel Martins
Divulgação
A seleção reflete também a maior descentralização do cinema nacional nas últimas décadas. Ainda que São Paulo seja o local com o maior número de realizadores presentes no top 50, com 11 cineastas nascidos no estado, há de se destacar a presença de oito realizadores de Pernambuco, seis de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, três do Ceará e do Distrito Federal e nomes de Goiás, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul.
Top 10 do século XXI
‘Cidade de Deus’ Fernando Meirelles (2002)
‘Ainda estou aqui’ Walter Salles (2024)
‘O som ao redor’ Kleber Mendonça Filho (2012)
‘Que horas ela volta?’ Anna Muylaert (2015)
‘Edifício Master’ Eduardo Coutinho (2002)
‘Madame Satã’ Karim Aïnouz (2002)
‘Jogo de cena’ Eduardo Coutinho (2007)
‘Cinema, aspirinas e urubus’ Marcelo Gomes (2005)
‘Marte um’ Gabriel Martins (2022)
‘Bicho de sete cabeças’ Laís Bodanzky (2000)
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· Jul 28
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· Jul 28
Na volta de 'Carlota Joaquina', Nanini, Marieta e Carla Camurati lembram: 'Não tinha nada. Por isso o filme é inventivo'
O cinema brasileiro vive um momento mágico em 2025. Entre janeiro e julho, nada menos que 100 produções nacionais foram lançadas comercialmente no Brasil. No exterior, o país viu as conquistas do Oscar de melhor filme internacional por “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, além de prêmios nos festivais de Berlim e Cannes para “O último azul”, de Gabriel Mascaro, e “O agente secreto”, de Kleber Mendonça Filho. Há 30 anos, o cenário era bem diferente. Após a extinção da Embrafilme pelo governo de Fernando Collor de Mello, em 1990, o audiovisual nacional viveu tempos de terra arrasada, que só começou a se reverter três anos depois com a promulgação da Lei do Audiovisual, já no governo de Itamar Franco. Em 1992, apenas três produções nacionais foram lançadas nos cinemas. No ano seguinte, foram quatro. Até que, nos primeiros dias de 1995, uma comédia sobre a vinda da família real portuguesa ao Brasil chegou às telas fazendo barulho e dando o pontapé inicial no que ficou conhecida como a “retomada do cinema brasileiro”.
O filme em questão era, é claro, “Carlota Joaquina, princesa do Brazil”, de Carla Camurati, que levou cerca de 1,3 milhões de pessoas aos cinemas. Passadas três décadas, a comédia retornará aos cinemas no dia 14 de agosto, em cópia remasterizada em 4K, com apoio da Petrobras. Aproveitando a volta às telas da produção, O GLOBO organizou um reencontro entre Carla e seus protagonistas, Marieta Severo e Marco Nanini, no apartamento da diretora no bairro da Gávea, na Zona Sul do Rio, para navegar pelas memórias da parceria entre eles.
— Tem sido muito especial não só rever o filme, mas trazê-lo para hoje. Vamos lançar em 4K, com som 5.1. O som era mono originalmente — lembra Carla, de 64 anos. — Não tínhamos nada, e acho que por isso ele é tão inventivo. É engraçado, mas não sei se conseguiríamos fazer esse filme da maneira que se produz hoje.
Marieta Severo e Marco Nanini em cena de "Carlota Joaquina, princesa do Brazil"
Divulgação
Marieta, de 78 anos, concorda:
— O filme se alimentava muito da falta de condição, tudo era estímulo. Não tinha grana pra fazer um material? A Carla pegava um papel aqui, amarrava isso, pintava aquilo, fazia não sei o que. Foi impressionante como a precariedade conseguiu virar uma extrema criatividade.
Sem a pressão de fazer o mais fiel dos registros históricos, as áreas de direção de arte, cenários e figurinos foram algumas que precisaram mergulhar na criatividade para combater as limitações orçamentárias. Carla se diverte ao lembrar que um dos itens que a produção gastou dinheiro foi a peruca usada por Nanini em sua caracterização como Dom João VI. E que o objeto, produzido em Londres com cabelos reais, quase não foi aproveitado.
— A peruca não me servia. Mas aí eu virei ao contrário e ficou maravilhosa — conta o ator de 77 anos.
O trio lembra que o personagem de Dom João VI foi o principal alvo de críticas por parte de historiadores e monarquistas à época do lançamento. Muitos contestaram o fato do filme não retratá-lo como um verdadeiro estatista.
— Queria falar da nossa história, mas com o nosso humor. E é um momento da história em que tudo é atabalhoado, tudo é confuso. Eles vieram fugidos para o Brasil — diz Carla, que inseriu um narrador na história para suprir as dificuldades financeiras. — Não é pra ver o filme ao pé da letra. Eu sabia que precisava de um narrador para suprir os buracos necessários. E sabia que teríamos uma liberdade ao retratarmos a história a partir da imaginação de uma menina. Isso tirou um pouco esse compromisso com a verdade histórica.
Carlota e Dom João
Carla lembra que Nanini foi de cara sua opção para interpretar o monarca. Ela já conhecia o ator do trabalho no curta-metragem “Bastidores” (1990), sobre a produção da peça “O mistério de Irma Vap”. Já Marieta conta que precisou lutar pelo papel.
— Eu praticamente me impus, me atraquei na personagem, porque a Carla me torturou (Risos). Eu fazia testes e ela dizia: “não sei se é bem isso”. Eu ia pra casa e ensaiava castanhola sem parar. Eu falava: o que mais eu tenho que fazer pra conquistar ela — se diverte a atriz. — Queria muito fazer essa personagem. A Carlota foi a personagem pela qual mais batalhei na minha vida.
Carla Camurati, Marco Nanini e Marieta Severo se reencontram para relembrar experiências em "Carlota Joaquina, princesa do Brazil"
Ana Branco / Agência O Globo
A diretora conta que foi tomada pela dedicação de Marieta. Rindo do relato da atriz, Carla nega a “tortura”, mas admite que no primeiro momento pensou em escalar uma dançarina espanhola no papel, por vislumbrar rompantes muito característicos da dança na personagem. Ela também tinha medo de não conseguir pagar pelo salário da atriz.
Orgulhosa do trabalho e do sucesso do filme há 30 anos, Marieta comemora o atual momento do audiovisual no país, mas tem um desejo:
— Temos que parar de retomar. “Carlota” foi símbolo da retomada do cinema. Mas, de repente, veio um governante com pânico das artes, e desfez e dificultou tudo de novo. Precisamos de uma linha contínua de crescimento.
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Para além da função de diretora, Carla Camurati foi responsável pelo roteiro, ao lado de Melanie Dimantas, e pela produção, em parceria com Bianca de Felippes, de “Carlota Joaquina, princesa do Brazil”. Ela também fez as vias de distribuidora. Sem grande verba para divulgação, Carla pensou a distribuição do filme como uma “trupe de teatro”. Assim, viajou o Brasil com o elenco apresentando o filme em cada praça, garantindo o interesse da imprensa local. Trinta anos depois, a cineasta lembra com carinho da experiência. E não faria nada diferente.
— Acho que o filme é totalmente atual e redondo do jeito que ele é, com uma energia muito potente de todo mundo que participou. Estávamos todos muito felizes fazendo o filme — diz Carla.
Entre pitombas e trovões
Bem-humorado, Marco Nanini discorda:
— Teve uma vez que eu fiquei muito irritado. Porque me fizeram esperar horas para filmar. Eu com aquela roupa pesada, com peruca, esperando pra filmar no verão de 40 graus em Paquetá — lembra o ator, que deixou a irritação de lado por causa de uma fruta. — A produção descobriu uma pitombeira e pediu para uns meninos subirem e pegarem um cacho enorme para mim. Eu sou tarado por pitombas. Passei o resto da tarde feliz.
Marco Nanini em cena de "Carlota Joaquina, princesa do Brazil"
Divulgação
Outro momento de dificuldade do ator foi gravar a cena da fuga de Dom João de Portugal. Claustrofóbico de precisar tomar anestesia para fazer ressonância, revela, ele sofria ao gravar nos túneis de São Luís, no Maranhão (cidade usada para reproduzir as ruas e construções de Lisboa). A solução foi vendar o ator aproveitando-se da coincidência de Dom João sofrer com o medo de trovões.
Marieta Severo fala com orgulho do trabalho na comédia. E vê paralelos entre os dias atuais.
— O filme mostra o início de uma burguesia nacional que está aí presente. Eles queriam imitar Carlota Joaquina e agora querem imitar os Estados Unidos — conta a atriz.
Casamento na ficção
Marieta e Nanini são reconhecidos por muitos pelo trabalho de anos na série “A grande família”, exibida entre 2001 e 2014 na TV Globo. Mas a parceria entre a dupla vem de antes mesmo de “Carlota Joaquina”. Eles se conheceram em 1973, quando atuaram na peça “As desgraças de uma criança”.
— Nossa relação parece que vem da maternidade. Ele é meu marido absoluto. Além de “A grande família”, fomos marido e mulher em “A comédia da vida privada” (1995), nas peças “Quem tem medo de Virgínia Woolf?” (2000) e “Solitários” (2002) — lembra a atriz.
Nanini se diverte:
— Não existe casal mais comprometido que nós dois.
'Carlota Joaquina' no GLOBO
1993: O GLOBO acompanhou a produção de “Carlota Joaquina, princesa do Brazil” ativamente desde o início. Em maio de 1993, meses antes do início das gravações, o jornal retratou uma “corrida do ouro” na disputa pelas novas verbas da Lei do Audiovisual. À época, além de Carla Camurati, cineastas como Neville D’Almeida, Walter Lima Jr., Ivan Cardoso e Luiz Carlos Barreto buscavam financiamento para projetos. Em dezembro, o repórter Luiz André Alzer visitou as filmagens da obra em São Luís, no Maranhão, e retratou a experiência em matéria de capa do Segundo Caderno. “Cinema tem que enganar mesmo. Não é preciso sair do Brasil para filmar Portugal, Espanha ou qualquer outro lugar que seja. ‘Carlota Joaquina’ é uma maneira lúdica de falar da história do Brasil. 0 filme é uma comédia natural porque a nossa história é uma verdadeira comédia”, disse Carla à reportagem à época.
O GLOBO reporta visita às filmagens de "Carlota Joaquina, princesa do Brasil", em dezembro de 1993
Reprodução / O GLOBO
1994: O jornal acompanhou com atenção as expectativas para lançamento da obra. Em novembro de 1994, havia a previsão de que o filme fizesse sua estreia no Festival de Cinema de Brasília. Poucos dias depois, no mesmo mês, reportagem de Eros Ramos de Almeida anunciou a “desistência de Carla de levar a princesa à capital do país”. À época, a coordenadora do festival, Maria Luiza Dornas, justificou: “A Carla via a primeira cópia e não gostou. Segundo ela, será preciso refazer o som.”
1995: “Carlota Joaquina” chegou aos cinemas brasileiros no dia 6 de janeiro de 1995. “Rei morto, rei posto. O cinema nacional precisava mesmo de um pitstop para se abas tecer de sangue novo e nova mentalidade. Co mo outros filmes saíram re centemente do box, ‘Carlota Joaquina, princesa do Brasil’, da diretora estreante Carla Camurati, revela uma saudável preocupação de se comunicar com o público sem achar que ele é burro”, destaca crítica do Bonequinho publicada no RioShow da sexta-feira de estreia.
O texto assinado por Eduardo Souza Lima destaca o trabalho dos protagonistas: “Marieta Severo está ótima como Carlota e Marco Nanini põe o filme no bolso com seu indolente e porcalhão D. João. Carla acertou também ao mostrar um Rio do século XIX sujo, ensolara do e suarento — obra do fotógrafo Breno Silveira —, bem diferente das novelas de época da TV, bem mais próximo da realidade.”
Crítica de "Carlota Joaquina, princesa do Brasil" no RioShow, em janeiro de 1995
Reprodução / O GLOBO
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