Pensar a História
@pensarhistoria.bsky.social
27K followers 390 following 6.7K posts
"Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade". Karl Marx
Posts Media Videos Starter Packs
Pinned
pensarhistoria.bsky.social
Há 72 anos, militares israelenses cometiam o assassinato em massa de civis palestinos durante o Massacre de Qibya. Comandada por Ariel Sharon, a chacina deixou 69 mortos — mulheres e crianças em sua maioria. Leia mais no @operamundi.bsky.social

1/25

operamundi.uol.com.br/pensar-a-his...
Pensar a História: Atrocidades do sionismo: 72 anos do Massacre de Qibya
O vilarejo palestino, localizado na Cisjordânia, era alvo de um ataque devastador conduzido pelas tropas israelenses
operamundi.uol.com.br
pensarhistoria.bsky.social
Sharon foi o principal arquiteto do Massacre de Sabra e Chatila que vitimou milhares de refugiados palestinos no Líbano. Como premiê, ele incentivou os assentamentos ilegais e foi responsável por diversas atrocidades cometidas contra os palestinos da Cisjordânia.

25/25
pensarhistoria.bsky.social
Apesar da pressão internacional, ninguém foi punido pelo massacre. Ao contrário: Ariel Sharon, comandante da chacina, se consolidaria como um dos principais líderes de Israel. Ele chefiou ministérios, assumiu a liderança do Likud e se tornou primeiro-ministro em 2001.

24/25
pensarhistoria.bsky.social
Sharon afirmou que acreditava que “as casas estavam vazias” quando ordenou a detonação. Essa afirmação foi desmentida após a publicação de um diário de Sharon, onde o ex-major havia registrado que a operação visava “causar o máximo de mortes e danos às propriedades”.

23/25
pensarhistoria.bsky.social
Ben-Gurion, o premiê israelense que ordenou a operação retaliatória, tentou negar a responsabilidade do exército de Israel, alegando que a matança fora perpetrada por colonos judeus. A mentira, no entanto, não convenceu ninguém.

22/25
pensarhistoria.bsky.social
Em novembro de 1953, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a Resolução 101, expressando “a mais forte censura” às ações israelenses. Constrangido, o governo dos EUA anunciou a suspensão temporária da ajuda financeira a Israel e exigiu a punição dos responsáveis.

21/25
pensarhistoria.bsky.social
O massacre se prolongou por 4 horas e deixou 69 pessoas mortas, a maioria dos quais eram mulheres e crianças. Dezenas ficaram feridos.
O Massacre de Qibya causou indignação e comoção internacional. A Comissão Mista de Armistício condenou publicamente Israel pela matança.

20/25
pensarhistoria.bsky.social
Ariel Sharon ordenou aos soldados que dinamitassem as residências do povoado. Mais de 600 quilos de explosivos foram utilizados no Massacre de Qibya. 45 casas foram dinamitadas com os moradores dentro. Os civis que tentavam fugir da matança eram alvejados pelos israelenses

19/25
pensarhistoria.bsky.social
A aldeia foi submetida a um intenso bombardeio com morteiros. Em seguida, os militares israelenses iniciaram a invasão a Qibya por três flancos simultâneos. Eles varreram o vilarejo casa a casa, disparando contra os moradores e atacando as residências com granadas.

18/25
pensarhistoria.bsky.social
Os soldados usaram torpedos de bangalore para romper as cercas Da aldeia. Minas terrestres foram instaladas nas estradas, visando impedir a aproximação das forças jordanianas. O pequeno grupo de guardas que fazia a segurança da cidade foi rapidamente eliminado.

17/25
pensarhistoria.bsky.social
Sharon era conhecido por sua agressividade. Ele comandou inúmeras operações ao longo de sua carreira militar — sempre deixando saldos de dezenas de mortos.
A operação teve inicio na noite de 14 de outubro de 1953, mobilizando mais de 600 soldados israelenses.

16/25
pensarhistoria.bsky.social
A campanha, batizada de “Operação Shoshana”, teria como alvo o vilarejo de Qibya, uma aldeia a 30 km de Ramallah. O ataque foi liderado pessoalmente por Ariel Sharon, então major do exército israelense e comandante da Unidade 101, um grupamento de operações especiais.

15/25
pensarhistoria.bsky.social
Defensor convicto do belicismo israelense, o premiê argumentava que o uso da força era instrumento basilar para a consolidação do projeto político sionista. Ben-Gurion incumbiu seu Ministro da Defesa, Pinhas Lavon, de coordenar a ofensiva retaliatória.

14/25
pensarhistoria.bsky.social
Uma investigação independente realizada por observadores da ONU não encontrou evidências que ligassem os palestinos ao atentado. Os israelenses, no entanto, já tinham se decidido em favor de uma resposta militar. A ordem partiu do primeiro-ministro, David Ben-Gurion.

13/25
pensarhistoria.bsky.social
A explosão de uma granada causou a morte de três civis israelenses — uma mãe e seus dois filhos. Israel imediatamente afirmou que o ataque fora realizado por infiltradores palestinos oriundos da região de Qibya, na Cisjordânia, mas não apresentou quaisquer evidências.

12/25
pensarhistoria.bsky.social
Esses supostos ataques ensejaram uma série de expedições punitivas das tropas israelenses, sempre empregando força desproporcional.
O evento que desencadearia a ofensiva israelense contra Qibya foi um ataque ocorrido no vilarejo de Yehud em 12 de outubro de 1953.

11/25
pensarhistoria.bsky.social
O governo jordaniano relatou que 629 palestinos foram assassinados ou feridos na Linha Verde pelas forças israelenses entre 1949 e 1953. Israel, por sua vez, alegou que 57 de seus civis foram mortos em decorrência das infiltrações palestinas.

10/25
pensarhistoria.bsky.social
As ações de guerrilheiros palestinos eram usadas como justificativa para invasões e campanhas de bombardeios. Entre 1950 e 1953, a Comissão Mista de Armistício emitiu 44 declarações condenando ataques israelenses contra alvos civis palestinos ao longo da Linha Verde

9/25
pensarhistoria.bsky.social
As infiltrações oriundas de Israel também eram constantes. Além dos colonos israelenses que ultrapassavam a Linha Verde em busca de terras para novos assentamentos, milícias sionistas e tropas regulares do exército de Israel realizavam incursões de forma rotineira.

8/25
pensarhistoria.bsky.social
Refugiados palestinos frequentemente cruzavam a Linha Verde tentando voltar para suas casas ou procurando por familiares de quem haviam se separado. Outros partiam em busca de seus pertences e mercadorias ou tentavam cuidar das lavouras que foram forçados a abandonar.

7/25
pensarhistoria.bsky.social
A fronteira separando os bolsões palestinos dos territórios militarmente ocupados por Israel era designada como “Linha Verde”. As áreas no entorno da linha permaneceram como focos ativos de conflito e eram marcadas por infiltrações constantes.

6/25
pensarhistoria.bsky.social
A guerra deu a Israel o pretexto para expandir seu território, ocupando mais de 70% da Palestina. Os armistícios assinados em 1949 reduziram o território palestino a dois bolsões — a Cisjordânia (administrada pela Jordânia) e a Faixa de Gaza (administrada pelo Egito).

5/25
pensarhistoria.bsky.social
Rejeitando a partilha determinada pela ONU e objetivando proclamar o Estado da Palestina, os países da Liga Árabe (Egito, Síria, Líbano, Iraque e Jordânia) declararam guerra a Israel. A Guerra Árabe-Israelense se estendeu até 1949 e terminou com a derrota das nações árabes.

4/25
pensarhistoria.bsky.social
Quase 800.000 palestinos foram expulsos de suas terras e cerca de 600 vilarejos foram destruídos. Estima-se que 15.000 palestinos foram assassinados em uma sequência de massacres e chacinas perpetrados pelas forças sionistas em locais como Deir Yassin, Lida, Ramla e Tantura

3/25
pensarhistoria.bsky.social
A proclamação do Estado de Israel em maio de 1948 foi seguida pela instauração de um violento processo de limpeza étnica conhecido como “Nakba” Milícias sionistas atacaram centenas de cidades e vilarejos palestinos, forçando o deslocamento em massa da população nativa.

2/25