Ponte Jornalismo
@ponte.org
21K followers 8 following 3.5K posts
A Ponte é um canal de informações sobre Segurança Pública, Justiça e Direitos Humanos. Acesse ponte.org Apoie: ponte.org/tamojunto
Posts Media Videos Starter Packs
ponte.org
CORREÇÃO: Diferentemente do que informava uma versão anterior desta reportagem, Gabriel foi morto com sete, e não 11 tiros. Foram encontradas no corpo dele 12 lesões, sendo sete de entrada dos disparos e outras cinco de saída, o que a Polícia Técnico-Científica registrou em um laudo necroscópico.
ponte.org
13) “Ele aumentou muito a política de investimento na PM. No mês passado, anunciou a maior de compra de fuzis da história do Paraná. Comprou helicópteros, carros blindados, equipamentos de guerra que a gente nem imagina onde pode ser usado", Patrícia Herman, articuladora da Rede Nenhuma Vida a Menos
ponte.org
12) Em 2018, antes da gestão Ratinho, a Sesp-PR consumiu R$ 3,6 bi dos recursos empenhados pelo governo. Já em 2024, consumiu R$ 6,4 bi — a título de comparação, as secretarias de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e de Infraestrutura e Logística tiveram R$ 3,7 bi e R$ 3,4 bi, respectivamente
ponte.org
11) Também neste ano, o Paraná teve 764 homicídios dolosos. Ou seja, se somados todos esses casos, as polícias foram responsáveis por mais de uma em cada quatro dessas mortes violentas (28%).
ponte.org
10) O MP-PR divulgava esse tipo de relatório pormenorizado a cada semestre, mas mudou para uma periodicidade anual durante a gestão Ratinho. Em 2025, é possível ter acesso apenas a dados divulgados pela Sesp-PR em um painel online, sem detalhamento do perfil das vítimas.
ponte.org
9) Ainda segundo o documento do MP-PR, ao menos 49,9% das vítimas mortas pelas polícias eram negras, de pele parda (46,5%) ou preta (3,4%), A maior parte delas tinha idades entre 12 e 34 anos (290). Em 99% dos casos (409), foram mortos homens.
ponte.org
8) Em 2024, a letalidade voltou a subir: foram 413 mortes, conforme apontou um relatório de janeiro do MP-PR. O perfil comum das vítimas foi semelhante ao de outros estados: jovens negros, o que contrasta com o fato de o Paraná ter uma maioria da população branca (64,6%), conforme o Censo 2022
ponte.org
7) O coronel também já havia tido projeção nacional em dezembro de 2022, quando permitiu que bolsonaristas insatisfeitos com o resultado da eleição mantivessem um bloqueio parcial em uma rodovia. Ele foi filmado dizendo que estava “prevaricando” ao não encerrar de vez o ato de cunho golpista.
ponte.org
6) Hudson é conhecido no Paraná pelo episódio lembrado como Massacre de 29 de Abril — ocasião em que, em 2015, servidores estaduais foram violentamente reprimidos pela PM ao protestarem contra uma reforma previdenciária. O atual secretário comandava o Bope, presente na repressão.
ponte.org
5) Após o pico de mortes em 2022, Ratinho promoveu uma nova troca no comando da SESP-PR, empossando o o coronel e ex-comandante geral Hudson Leôncio Teixeira. Com ele, o patamar de mortes teve um breve recuo em 2023, mas se manteve, ainda assim, acima do padrão anterior ao governo atual.
ponte.org
4) A letalidade policial no Paraná já tinha tendência de alta antes do governo atual, mas com ele houve uma disparada. Em 2022, em meio à pandemia, 14 unidades da federação tiveram queda dos índices: na contramão disso, o Paraná se juntou a uma minoria e teve 479 pessoas mortas por policiais
ponte.org
3) Antes do atual governador, hoje em seu segundo mandato no estado e cotado à corrida presidencial de 2026, a PM paranaense matava, em média, 189 pessoas por ano, desde 2010. Ou seja, a matança quase dobrou no governo de Ratinho — que carrega o apelido do pai, apresentador de televisão.
ponte.org
2) A conduta cada vez mais letal da PM-PR não se resume, contudo, a essa favela: no governo Ratinho Júnior (PSD), o estado bateu recorde de letalidade policial, com uma média anual de 370 mortes desde 2019, o que a Ponte identificou a partir de dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
ponte.org
1) Na favela do Parolin, em Curitiba, a impressão de moradores é de que a PM do Paraná tem atuado nos últimos anos como um grupo de extermínio. Desde maio, a corporação matou cinco pessoas na comunidade: o mais recente dos casos, na terça-feira (7/10), foi de Yago Gabriel Pires de Oliveira.
ponte.org
Policiais militares mataram, em média, 370 pessoas a cada ano desde 2019, quando Ratinho Junior (PSD) tomou posse — antes, média anual era de 189 casos. Governador apoiou medida que dificultava investigação de episódios.

Reportagem de Paulo Batistella

ponte.org/sob-gestao-r...
Sob gestão Ratinho, PM do Paraná bate recorde de letalidade e morre mais por suicídio que por confronto
Policiais militares mataram, em média, 370 pessoas por ano desde 2019, quando teve posse o governador. Antes, média anual era de 189 casos.
ponte.org
ponte.org
7) Vinicius havia sido denunciado por homicídio qualificado pelo motivo fútil, perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima. A juíza que conduziu o júri concedeu uma atenuante, que compensou em parte a primeira das qualificadoras, devido ao réu ter confessado que matou mesmo Gabriel.
ponte.org
6) “Ele ficou preso por apenas dez meses, mas ao menos ele foi expulso da PM. Com essa condenação, talvez a gente tenha evitado que ele venha a matar mais pessoas se valendo do cargo de policial”, disse a advogada Fátima Taddeo, que é tia de Gabriel e atuou como assistente de acusação.
ponte.org
5) Também foi determinada a expulsão de Vinicius da PM. Ele ainda terá de indenizar em R$ 100 mil a família de Gabriel, que lamentou o fato de o júri não ter reconhecido o dolo na ação do réu. Os familiares também viram intimidação de outros policiais que estiveram presentes na sala de audiência.
ponte.org
4) O PM foi condenado a dois anos, um mês e 27 dias de detenção. A juíza Viviane de Carvalho Singulane fixou o cumprimento da pena em regime inicial semiaberto. Vinicius recebeu então um alvará de soltura na ocasião do julgamento, por estar preso preventivamente até então.
ponte.org
3) Os jurados do Tribunal do Júri entenderam, ainda assim, que o policial não agiu com dolo, ou seja, com intenção de matar. O entendimento foi de que Vinicius “agiu de forma imprudente ao disparar em direção à vítima como forma de repelir sua aproximação”
ponte.org
2) Gabriel foi baleado com 11 tiros, inclusive no rosto, em uma ação que começou quando o jovem ainda estava de costas. O episódio foi gravado pelas câmeras de segurança.
ponte.org
1) O PM Vinicius de Lima Britto foi condenado nesta quinta-feira (9/10) por homicídio culposo em razão de ter matado o jovem negro Gabriel Renan Soares — que é sobrinho do rapper Eduardo Taddeo. O crime ocorreu em março deste ano na porta de uma unidade do mercado Oxxo, na zona sul de São Paulo.
ponte.org
Gabriel Renan da Silva Soares, sobrinho do rapper Eduardo Taddeo, foi baleado pelo policial militar Vinicius de Lima Britto, que começou a disparar quando vítima estava de costas, em uma unidade do Oxxo na zona sul de SP

Reportagem de Catarina Duarte e Paulo Batistella

ponte.org/juri-condena...
Júri condena PM que matou jovem negro com 11 tiros, mas não vê intenção de cometer crime
Gabriel Renan da Silva Soares, de 26 anos, foi baleado pelo PM Vinicius de Lima Britto em uma unidade do mercado Oxxo, na zona sul de SP.
ponte.org
ponte.org
Quer receber o melhor do jornalismo em direitos humanos, segurança pública e justiça sem depender de algoritmo?
Assine a newsletter da Ponte e receba, todo sábado, um texto exclusivo, os destaques da semana e boas dicas culturais.
É gratuito: ponte.org/newsletter
ponte.org
14) De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, a Bahia segue entre os estados mais críticos do país em relação à violência policial. Em 2024, a polícia baiana foi responsável por 1.556 mortes — o maior número absoluto entre todas as unidades da federação.