Um professor da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) foi demitido pela instituição após ser alvo de mais de 40 denúncias de assédio, racismo, misoginia. Os casos ocorreram na cidade de Marília e foram relatados para a direção pelo Centro Acadêmico de Relações Internacionais. Rafael Salatini de Almeida teve a demissão publicada no Diário Oficial do estado na última quarta-feira, 12 de novembro. Ele tinha o cargo de professor assistente doutor e atuava no Departamento de Ciências Políticas e Econômicas da Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília, e foi alvo de um processo administrativo, que terminou com o desligamento por justa causa. As denúncias foram encaminhadas pelos alunos em maio de 2024. Na ocasião, representantes do centro acadêmico enviaram um documento com 44 relatos anônimos de estudantes que narraram comportamentos do professor em sala de aula. Os supostos episódios incluem comentários e perguntas do professor aos alunos sobre relações sexuais, além de comentários misóginos sobre mulheres. Em uma das ocasiões ele teria questionado um estudante quanto ele cobraria para a realização de sexo anal. O docente também teria se insinuado para alunas e questionado a um aluno negro se ele "tomava banho". Em outro episódio o professor teria dito que caso dois alunos tivessem um relacionamento, um deles seria capaz de cometer violência doméstica. "Apesar de já se saber que tais práticas são de longa data, contudo, as condutas do docente estão cada vez piores", diz o texto do documento encaminhado pelo centro acadêmico. O GLOBO tentou contato com o professor e com o advogado que consta como defensor do docente no processo administrativo que levou a demissão, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. A Unesp informa, por meio de nota, que Almeida foi desligado por justa causa por "procedimento irregular de natureza grave" e "ato de improbidade e conduta moralmente questionável" após a conclusão da comissão que apurou o caso em um processo administrativo disciplinar. A demissão foi celebrada no Instagram do centro acadêmico. "Hoje comunicamos que atingimos nossa pauta máxima neste processo que se desdobra desde o ano passado", diz o texto.

Moradores da Rua Francisco Bueno, no Tatuapé, ainda lidam com os efeitos da explosão ocorrida na noite de quinta-feira (13). Além da destruição de casas e interdição de 21 imóveis vizinhos, os animais de estimação fugiram durante o tumulto e permanecem desaparecidos. Segundo informações da TV Globo, a confusão provocada pelo barulho e pelo desabamento das residências fez com que cachorros e gatos deixassem suas casas. Irene, vizinha do imóvel atingido, relata que o cachorro Fred, de cinco anos, desapareceu durante a explosão. “Eu apelo para que, se alguém viu o Fred, entre em contato. Meu neto está desolado, a mãe na UTI e o cachorrinho desaparecido”, disse. Outra moradora, Sandra, perdeu sua gata Mia. “Conseguimos recuperar os cachorrinhos, mas a gata sumiu. Não sei se fugiu ou foi atingida na confusão”, afirmou, emocionada em entrevista à TV Globo. A explosão, registrada por volta das 19h45, destruiu completamente o imóvel que abrigava um depósito irregular de fogos de artifício na parte dos fundos. Um homem morreu e ao menos 10 pessoas ficaram feridas, incluindo a nora de Irene, que segue na UTI após sofrer cortes no rosto e bater a cabeça. Segundo o Corpo de Bombeiros, ainda não é possível determinar a causa exata da explosão. “Estamos trabalhando com cautela para verificar evidências quanto aos explosivos. Sabemos que seria um depósito de fogos usados em balões”, informou um oficial. Imagens mostram a dimensão do acidente: nuvens de fumaça, destroços nas ruas e moradores assustados. Carros foram danificados, vidros de prédios quebrados e, por horas, ainda havia foco de incêndio em quintais próximos. Enquanto a Defesa Civil mantém 21 casas interditadas, os moradores seguem em busca de seus pets desaparecidos.

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