GrioTimão
banner
griotimao.bsky.social
GrioTimão
@griotimao.bsky.social
27 followers 17 following 120 posts
Perfil oficial do podcast dedicado a contar a história negra do Sport Club Corinthians Paulista. Ouça no Spotify e demais plataformas de áudio.
Posts Media Videos Starter Packs
Pinned
No Dia Internacional da Visibilidade Trans o Griotimão vem contar e dar destaque à história de Marcelo, homem trans que conquistou títulos com o Corinthians Feminino.

✍️🏾 @brunocassiano.bsky.social
📸 Arquivo Pessoal
Com os dois gols marcados, dos oito da goleada do Corinthians sobre o 3B, @vicalbuquerq.bsky.social chegou a marca de 114 gols pelo Timão! (138 participações em gols).

Maior artilheira do nosso futebol feminino, décima quarta maior da história do clube (incluindo homens e mulheres).
Se estivesse vivo, o rapper corinthiano Sabotage estaria completando 52 anos no dia de hoje.

Mauro Mateus dos Santos faleceu aos 29 anos, nos deixou cedo, mas é sempre lembrado como um dos maiores da história do Rap nacional.

Salve, Sabota! ✊🏾
Hoje Marcelo é formado em treinamento personal e trabalha com turismo. Deixou de atuar profissionalmente, mas joga futebol às vezes com atletas amadores. Sonhou, lutou, sofreu... Hoje não é mais jogador, mas se tornou alguém que sempre quis e sempre mereceu ser; Feliz.
Acontece que nem naquela época e nem hoje as federações e autoridades sabem como lidar com atletas trans, o que causa insegurança jurídica aos clubes que não fazem nenhum esforço sequer na inclusão.
Após começar a transição chegou a treinar no Democrata de Sete Lagoas, mas não disputou nenhum jogo oficial.(+)
Marcelo pausou a carreira ao final de 2019 para dar início à transição de gênero e assim, se ver como um homem não só em sua cabeça como no espelho também. Decisão essa que não se arrepende de ter tomado independentemente do potencial no futebol feminino.
Sofrimento que em certo ponto da vida o fez perder a vontade de tudo, inclusive comer. Preocupada, sua colega de time na época, Gabi Zanotti, e o técnico Arthur Elias o internaram em uma clínica psiquiátrica. A depressão se apresentou como adversária.
Desde pequeno Marcelo não se via como uma menina e isso de certa forma o perturbou ao ponto de achar que tinha algum problema na cabeça. Esse sentimento o acompanhou pela vida, causando um sofrimento que descreveu como gigante e solitário em um relato ao GE. (+)
O Timão foi vice no estadual, mas naquele mesmo ano conquistou o Brasileirão. Pelo Corinthians ele disputou 33 partidas, marcou 10 gols e conquistou, também, o Paulistão de 2019. Apesar das conquistas e do destaque ele não era feliz.
No futebol, passou por Kinderman, São Paulo, Santos, XV de Piracicaba e Spartak antes de chegar ao Corinthians em 2018. Estreou no Timão em 25 de março, partida válida pelo Paulistão, contra o AD Centro Olímpico, marcando um dos gols do time na goleada de 6 a 2.(+)
Conquistou diversos títulos na categoria, incluindo três Mundiais e um Sul-americano com a Seleção Brasileira.
Porém, não encontrou facilidade, aos 12 anos ingressou no time profissional de futsal feminino da cidade, pois não havia categoria de base e aos 14 saiu de casa e foi jogar em uma cidade vizinha.(+)
Natural de Sete Lagoas, Marcelo começou sua caminhada no esporte através do futebol de campo, mas teve que migrar para o futsal, isso porque não podia competir com os meninos da escolinha.(+)
No Dia Internacional da Visibilidade Trans o Griotimão vem contar e dar destaque à história de Marcelo, homem trans que conquistou títulos com o Corinthians Feminino.

✍️🏾 @brunocassiano.bsky.social
📸 Arquivo Pessoal
Gostou do fio? Não se esqueça de deixar seus likes, comentários e compartilhar para que mais Corinthianos e Corinthianas possam conhecer o nosso trabalho.
Um ano depois, ao ganhar o prêmio "Reflexões", Grazi comentou sobre o caso e cobrou atitudes da Conmebol, mas isso não aconteceu até hoje. Seguimos assistindo a gestos e atos racistas contra jogadoras e jogadores do nosso país em competições da entidade sul-americana.
Em campo, as Brabas golearam, mas além disso, foram resistência e enfrentamento ao racismo. Não arredaram o pé e cobraram durante e depois da partida por punições adequadas.

📸Reprodução/Corinthians
Também após o jogo, Valeria Colman, capitã do time uruguaio na época, pediu desculpas "se alguém se sentiu ofendida por uma de nós", como forma mínima de reparação. Palavras que tinham pouco ou nenhum valor.
Na ocasião, o Corinthians repudiou publicamente o ato racista, assim como vários comunicadores, torcedores e CBF. Adriana e Grazi lamentaram o ocorrido logo após a partida em suas respectivas entrevistas. Mas tudo ficou por isso mesmo, nem mesmo uma punição branda aconteceu.
O Corinthians ainda ampliou mais duas vezes o placar logo que o jogo foi reiniciado e nos dois últimos tentos marcados a comemoração foi a mesma; Punho cerrado e braço erguido, uma clara e forte resposta.
A arbitragem do jogo, por sua vez, não puniu e não advertiu ninguém, mesmo com a denúncia em tempo real das jogadoras alvinegras em campo. Deram seu trabalho como concluído apenas evitando que uma confusão maior acontecesse.
O jogo foi paralisado por conta de um princípio de confusão entre as jogadoras após a ofensa e Vic, inclusive, chegou a sair de campo chorando, profundamente abalada por escutado o xingamento à sua colega.
Na comemoração de um pênalti convertido, Vic Albuquerque escutou uma jogadora do Nacional xingar Adriana de "macaca". Até hoje essa atleta não foi identificada com precisão nem pelo Nacional e nem pela Conmebol.
Nos 45 minutos finais o Corinthians fez valer a sua superioridade técnica e ampliou o placar logo aos dois minutos e de novo aos dez. O jogo seguia com a normalidade que o jogo das Brabas tinha, até Adriana marcar o sexto gol da equipe alvinegra e sofrer um ato racista.
O segundo confronto começou travado e muito brigado, apesar de conseguir fazer um gol aos 11 minutos, o Corinthians não conseguiu encontrar o caminho para ampliar o placar ainda no primeiro tempo. Algo completamente diferente do que foi a segunda etapa.