Nidéwãna 🪶🌑🦋
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Nidéwãna 🪶🌑🦋
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Indígena Kariri e Tarairiú-Otxukayana 🏹 Conselheira da Articulação Brasileira de Indígenas Jornalistas (Abrinjor) Jornalista/ASCOM na Defensoria Pública da União (DPU) Colunista em Revista AzMina 📍Brasília, Distrito Federal
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De 305 povos e 274 línguas em 2010 para 391 povos e 295 línguas em 2022. Na verdade, são mais de 391 povos e mais de 295 línguas, pois o Brasil possui a maior população de indígenas em isolamento voluntário do mundo.

Tentaram nos enterrar, não sabiam que éramos sementes.
Terra Indígena Kandóia, Rio Grande do Sul

Ynatekerú ao povo Kaingang por todo acolhimento ❤️ levo vocês no coração

Em novembro vocês conhecerão essa história, contada pelos próprios Kaingang.
Este final de semana fiquei entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina gravando um documentário pela Defensoria Pública da União na Aldeia Kandoia, no Norte do RS. Um território que segue em luta por demarcação e passou por um longo processo de criminalização de lideranças.
Nada paga o carinho que recebo de meus parentes nos territórios. Ynatekerú aos parentes Kaingang da Aldeia Kandoia por tudo. ❤️
E com o já declarado inconstitucional marco temporal batendo na porta o tempo todo…
Joenia Wapichana deveria ser ministra do STF
cês nunca lembram de indígenas
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"A propaganda sionista refere-se à Palestina pré-1948 como uma “terra sem povo”, mas uma nova coleção fotográfica contraria este apagamento histórico — e mostra a vitalidade da sociedade palestina antes de iniciarem a limpeza étnica."
Emocionante demais, li chorando, que imagens importantes!
Ano passado eu vivia dizendo que era meu sonho comprar uma máquina de lavar pq não aguentava mais usar tanquinho que não centrífuga.. o que parecia algo distante hoje se concretizou, comprei minha máquina de lavar 😍 mês que vem vai ser minha televisão, fé na encantaria
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NÃO MATE O NOSSO BRAVO GAMBÁ

Está aí o nosso bravo gambá, comendo uma cobra venenosa. Ele é imune às picadas. Nós postamos várias vezes cenas de gambás, comendo inclusive escorpiões e outros bichos venenosos. É uma imunidade incrível, ele não se envenena.
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O voleibol brasileiro é maravilhoso
Nas horas vagas faço o anúncio da nova sede da DPU 🫰🏽
O barco Mikeno da Flotilla já está nas águas de Gaza, isso é histórico, conseguiram furar o bloqueio 🇵🇸
Pauta maravilhosa para começar a semana 💜

E aguardando meu presidente Lula ⭐️
mas graças à persistência dos meus pais, e de minha própria, fui parar em uma Universidade de um estado que sequer conheço ainda. Contrariando minha professora do Ensino Médio, as estatísticas e todos aqueles que me desacreditaram.

Que eu siga sempre sendo rebelde.
eu avô é analfabeto e não sabe ler nem escrever seu próprio nome. Minha mãe não chegou nem a quarta série, teve que abandonar a escola pra colher caju, milho e mandioca. Diante desse contexto e histórico familiar, eu tinha tudo pra não estar nesse lugar, +
Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde meu artigo sobre jornalismo indígena, originalmente publicado no site da Revista AzMina, foi usado como referência nessa aula sobre jornalismo decolonial.

Vim de uma família simples do interior de Alagoas e do Rio Grande do Norte, +
Permaneci insistindo no Jornalismo pois queria fazer daquilo que estudei algo com que eu pudesse dialogar com as coisas que eu acredito. Nessa, fiz muita coisa sem receber um real.

Recebi essa imagem de uma amiga também indígena jornalista, de uma aula na Faculdade de Comunicação da +
Pensei em desistir pois não existiam políticas de permanência para os estudantes. Com muito esforço e lágrimas, me formei.

Apesar de ter um diploma, não tive oportunidades de emprego formal. Até poucos meses eu vivia mesmo era de artesanato, Bolsa Família e meu freela na AzMina. +
sem grandes perspectivas.

Nesse percurso, muitas pessoas me desacreditaram. Diziam que eu não conseguiria atingir a nota de corte, atingi e consegui entrar no curso de Jornalismo. Durante minha graduação, diziam que eu não iria me formar, quase não me formei mesmo. +
Meu pai sempre me incentivou a leitura. Quando eu era criança ele me levava todo sábado na biblioteca do bairro para ler. E foi quem me incentivou a tentar entrar na faculdade pelo ENEM, que até então eu não sabia para o que servia, éramos todos formandos de um sistema de progressão continuada, +
Lembro q no final do meu Ensino Médio, uma professora de Língua Portuguesa me disse que eu nunca entraria em uma Universidade. Aquelas palavras, de alguma forma, me atravessaram. Embora pensasse que ela estivesse certa, pois a Academia não era um espaço historicamente condicionado à pessoas como eu+