Aquilo já SpinumViva, no que a entrega de documentos à justiça diz respeito, não sai do rame-rame". É preciso agir.

Não tenhamos dúvidas. Não é o código do trabalho que deixa Portugal no marasmo. É, isso sim, a impunidade com que os poderosos fazem o que bem entendem, sorvendo os parcos recursos públicos que pagamos para tapar buracos feitos por mimados milionários nas suas diatribes da treta. Fodam-se

É admirável que alguém possa ter um cargo político em Portugal nunca tendo dado opinião publica sobre um processo que nos sorveu mais de 10 mil milhões de euros. Isto numa instituição liderada pelo marido. É o país que temos e escolhemos ter. Mas é uma vergonha.

ter uma política que diz que uma greve não deve ser política é grave. É muito grave. Só se compreende porque Palma Ramalho é ministra do trabalho mas nunca a ouvimos a dar opiniões, por exemplo, sobre o que se passou no Novo Banco, administrado pelo marido.

Insinuar ao portugueses que as coisas se resolvem sem política, como se política não fosse a gestão do que é de todos, como se dar opiniões sobre opções, indicar soluções (por mais estapafúrdias que sejam) não fosse fazer política. Como se votar, seguir propostas, apoiar, combater não fosse política

Ainda sobre o "estarmos fartos de políticas". Isto é grave porque é uma pessoa eleita para a fazer e que insinua que não o faz, que afasta os eleitores dos eleitos, que está a deixar o Chega para trás no que a populismo diz respeito. Quer o quê um governo de burocratas não eleitos? Uma spinumviva?

Palma Ramalho e o Luis das Avenças querem uma espécie de selva em que cada um por si, a negação de uma sociedade humana, solidaria e evoluída. Querem o regresso, paulatino, a uma sociedade em que a legislação protege quem não precisa de protecção. Uma lei que é um simulacro, uma aparência.

Tentam convencer os néscios que a Lei Laboral serve para outra coisa que não proteger os fracos. Na verdade, se todas as leis servissem para outra coisa era escusado haver lei. Teríamos a lei do mais forte, e seria aceitável matar concidadãos para o que bem entendemos, como nas sociedades animais

A declaração de Palma Ramalho, ministra que acha que há greves sem serem políticas, só se entende numa óptica: o pacote laboral de merda que apresenta não estava no programa de quem ganhou as legislativas. Só se for por aí que "não é política"

Palma Ramalho é ministra de um governo e deve julgar que lhe pagam para fazer outra coisa que não é política. Deve ser herdeira daquele mentecapto que tendo sido político a vida toda, dizia à boca cheia que não era político.