se meu cirurgião no final dissesse que me fechou sem peito pq eu tava perigando uma embolia eu não insistiria em seguir. se o chão fosse lava eu não sairia de casa. mas não é o ponto. é que a mera sugestão de segurar um pouco deixou as pessoas afetadas e isso em si é sinal de alerta
mas a coisa é que o risco nessa circunstância subiu muito. não existe nenhum consumo seguro de álcool nunca mas vcs n me veem aqui falando. a coisa é que o risco subiu e principalmente como isso foi recebido
eu convivi com alcoólatras, o que to falando é no cenário onde por exemplo acabou o vinho e a pessoa não vai beber naquele dia, ou vai fazer um exame que não poderia beber antes, etc, ela consegue tolerar essa pausa sem queixar
é diferente se a pessoa toma essa taça pra dormir, se não tomar no dia gera irritabilidade, questionar gera irritabilidade, se esse consumo gera consequências diretas…
se ela faz isso todo dia mas consegue parar qualquer dia , aquela ação não é necessária pra que nenhuma etapa seja cumprida, sem dependência física ou psicológica e sem consequências não vai ser avaliado como alcoolismo
2/2 mesmo sendo a MESMA quantidade de consumo, mas o modo/relação alterado. não tenho papo nenhum de superação de nada nem superioridade de bosta nenhuma. só expressando que meu ponto não é ocorrer o consumo nem a quantidade. é da relação
eu parei de beber aos 18 anos (sim.) e voltei aos 26 em situações extremamente específicas, papo de menos de 10 doses/ano. nos últimos 2 anos segui bebendo pouco, mas percebi que tava bebendo por TÉDIO e por ficar mais fácil tolerar o social. e ai esse ano me incomodei com essa percepção 1/2
e álcool ser lubrificante social é algo mais verbalizado por quem é mais auto consciente das limitações com socialização, claro, mas meio que tem esse “efeito positivo” sentido e bem recebido por todo mundo que bebe
mas eu não tenho nada com os motivos da pessoa. se a pessoa só pura e simplesmente gosta tb não é menos importante. mas se a sobriedade temporária é uma barreira intransponível talvez tenha algo ai pra ser visto
e não é SEU CACHACEIRO MALDITO COMO VC NÃO CONSEGUE SE CONTER é extremamente na moral se isso é um desafio talvez você precise pensar sobre isso e de alguma forma de ajuda
alias inclusive pq às vezes a gente nem tem referencial do que é o uso “saudável” de algo. uma pessoa pode beber muito mais que outra e não ser a alcoolista da questão. é de relação com substância mesmo
vc pode concluir que não é um problema e seguir e beleza, não tenho nada com isso. mas tb pode perceber que é algo. não tem necessidade de evitar a conversa e só podemos decidir correr riscos (quaisquer) se soubermos que eles existem
falando bem na boa e sem moralismo. não quero q ninguém viva 100% sóbrio e 0 risco. mas se for realmente dificil pra vc repensar sua relação com uma substância da forma que for considere falar disso com pessoas próximas, na sua terapia, etc. a título de elaboração até