Stephanie Borges
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Poeta e tradutora. 'Talvez precisemos de um nome para isso' (Cepe, 2019), 'Made of Dream' (Ugly Duckling Presse, 2023) e 'um nome não é uma chave' (mapa lab, 2024) https://linktr.ee/stephieborges
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sim! nesse último ano eu pude voltar a estar nos lugares só pra ouvir, pra apoiar amigos, estar com as pessoas e notei que além de ter menos desgaste energético, também tem esses momentos da alegria em torno/por causa dos livros
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outra coisa que acho curiosa foi aparecer em eventos de poesia recentes e tem uma galera emocionada que o PHB está lá, isso me parece coisa de gente sem costume, porque volta e meia eu encontro o homem em lançamentos e eventos acadêmicos, é outro que é gentil e prestigia as pessoas
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ano passado, dois momento que me marcaram foi a Ana Paula Tavares ouvindo várias autoras brasileiras falando se seu trabalhos e sendo extremamente gentil de nos cumprimentar e a Helô Teixeira na Flup, ouvindo as performances das jovens

a gente tem muito a aprender com elas
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o que me pareceu meio triste, porque eu, pelo menos, tirando Paraty, que costuma ser uma correria e muita gente pra ver ao mesmo tempo, tento ao máximo separar o tempo da escuta, acho que meus amigos tem andado em eventos muito frenéticos
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tenho pensado há um tempo em como o sistema literário é cheio de lógicas competitivas e comparativas, no entanto, a gente observa posturas que fogem dessa lógica, pessoas lembradas pela generosidade e a atenção. no Fórum em Ouro Preto as pessoas estavam admiradas de conseguirem ouvir seus pares
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eu e minhas amigas incrédulas tomando uma cervejinha na cantareira no esquema "a gente não olha muito pra onde ela está, senão nem abre a boca" e no fim das falas a Ana extremamente gentil, veio cumprimentar eu e Tati Pequeno e a gente "meu deus, que momento". taí, Prêmio Camões 💜
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mais ou menos um ano eu estava em um evento sobre literatura feita por mulheres na UFF e fiquei chatiada por tem pedido a conferência de abertura da Ana Paula Tavares pois precisava de uns dia pra me recuperar da Flip, eis que, para minha suepresa, a mulher assistiu a todas as mesas
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ando muitíssimo contra o "sobre" especialmente o "é sobre"
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tem dias ni quei o que coloca a minha autoestima em dia é fazer uma comida gostosa, não me espanta que uma das manifestações do amor de Oxum era cozinhar

ela envenenou seus amigos assim? arrumou inimizade com Obá? sim. moral da história: não comam a comida feita por alguém com quem quem tretaram
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também ando contra sequencias de versos de uma palavra só estilo listas que não tragam
nenhum
peso

para essas palavras especificamente na leitura do poema
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a casa temporada de oficina eu sou contra alguma coisa, coisas que já fiz inclusive e mudei de ideia, porque estou viva

ano passado eu era contra o excesso de ênclise pra marcar língua culta no poema porque as pessoas não falam assim, esse ano sou contra separação de sílaba pra polissemia esperta
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JP, agora sim poderei xingar Victor Frankenstei com imagens também, hahahaha
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a turma da oficina começou a mandar poemas pra edição e uma aluna mandou o poema & uma versão do poema em vídeo em libras, que maravilhoso, aaaaah 😍

se eu chorar é tudo culpa da lua em touro
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a galera pirando no tiny desk brasil e só lembro da Lizzo na gravação dela se referindo ao programa como "this tiny ass desk"
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no Capítulo II, o arrombado do Victor começa a lenga lenga de que o problema é que o pai dele não se interessava por ciência e ele se deixou levar pela curiosidade de autodidata, lendo uma misturada de alquimia e hipóteses científicas já superadas no séc. 18, odeio esse narrador, ele se acha bom
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porra, eu tava procurando aqui uma na mesma estética com os dizeres "sounds like a colonizer to me" ou algo assim justamente pra introduzir um humor no fio sobre Frankenstein e não achei, fiquei chatiada
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a existência da edição é boa especialmente por ter aparatos escritos por mulheres. parece que a edição da Zahar tem comentários sobre a alteração do texto, mas assim, eu só precisava de uma edição boa pra reler, já estou catando fortuna crítica por minha conta, não faz diferença pra minha pesquisa
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uma coisa da qual sinto saudades era de todo um repertório de deboche que eu tinha à mão na outra rede para lidar com certas consequências de opinar na internet
imagem com fundo estrelado e efeitos em neon com os dizeres: Thanks so much, random man, your opinion is noted (muito obrigada homem aleatório, sua opinião foi percebida)
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não vi, fiquei na dúvida se pegava a edição comentada da Zahar, mas escolhi essa por causa da tradução. agora esse barco já partiu em direção ao Ártico
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e com um pouco de viés crítico, já está ali, no começo da conversa as alfinetadas a lógica colonizadora da exploração, a ideia de que a natureza é algo a ser desvendado, de que há homens capacitados a se dedicar a investigação dos mistérios por sua curiosidade (eles são é chatos pra krl)
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e muito curioso como algumas marcas de branquitude e distinção são delineadas sutilmente (ou não) na descrição dos personagens. no relato de Victor, ele menciona a mãe e Elizabeth como filhas de boas famílias que caíram no infortúnio, ainda que maltrapilhas, nota-se nos traços e nos modos a nobreza
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aí eu já estava "aff homem, se tu é rico porque não encomendou uma biblioteca e ficou em Londres se educando em vez de reclamar da falta de refinamento dos homens do navio?"

Walton é um homem sem amigos, mas aí ele acha um maltrapilho enfermiço com cara de louco no gelo e pensa "eis um amigo"
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para além de todo o trelelê do homem afirmando suas boas intenções, as cartas de Walton também tem uma autoestima péssima do sujeito rico mas sem capital cultural adequado, que se queixa de não ter sido educado adequadamente e só ter lido relatos de viagens de exploradores (Shelley leu o Quixote)