| (ela/dela) | 21 | pt-eng |
— Então por que não me beija de uma vez?
Naquele momento, Kuroo não havia mais nenhum único pensamento na cabeça, exceto o de selar os lábios dele com os de Kenma. E foi isso que ele fez.
Kenma se manteve em silêncio por alguns instantes, mas o encarou de volta.
Kuroo, sem saber conter o nervosismo, se levantou do sofá e começou a andar de um lado para o outro.
— Kenma, não é possível!
— Kuro-
— Então eu tinha mesmo razão, não é? E você ainda quis me pintar de irracional. — Interrompendo o momento, Daiki apareceu em frente aos dois, furioso. — Não demorou
— Achei que não teria você hoje — Kenma quebrou o silêncio, passando a ponta dos dedos na gravata de Kuroo.
A forma como ele falou, Kuroo não saberia
E o mais surpreendente era que ele só ficava assim com Kuroo. Não que Kuroo fosse se importar, era apenas um fato.
Ele ficou ali ouvindo o quase monólogo
Por essa razão, ele apenas respondeu.
— Nada de importante, ok? Vou tomar banho e quando voltar eu faço o nosso café. Fica a vontade.
— E? — Kenma ergueu a sobrancelha, devolvendo os pés aos chão e cruzando os braços.
— Ele recusou.
— Sério? — O rosto de Kenma se contorceu em confusão. — Por quê?
— Não sei. — Kuroo não queria e nem iria falar a verdade. Não para Kenma pelo menos. — Mas não importa, eu não gostava
— Não queria ter o risco de sei lá, pegar você e seu namoradinho nus ou coisa do tipo. — Kenma se jogou no sofá
Kuroo não rebateu. Não era uma mentira. Ele era uma covarde. Mas se fosse honesto, ele até tentou não ser um covarde, falar sobre seus sentimentos, porém, até sua chance de tentar foi minada.
— Você não pode estar falando sério. — Kuroo fez o possível para não levantar o tom de voz, ainda que estivesse irritado com a fala de Daiki, seu ficante.
— Você não pode estar falando sério. — Kuroo fez o possível para não levantar o tom de voz, ainda que estivesse irritado com a fala de Daiki, seu ficante.