'Tenho 101 anos, mas isso não me impede de treinar na academia por duas horas todos os dias'
Ela sobreviveu à Segunda Guerra Mundial, ao câncer de mama, a duas fraturas no quadril, a uma cirurgia ocular e a um caso de Covid quando tinha 98 anos. Agora, vai todos os dias para a academia se exercitar com treinamento de força e levantando bastante peso. Essa é a vida de Iñaxi Lasa, de Beasain, Espanha, aos 101 anos.
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Segundo a senhora, o segredo de sua vida longa e saudável é o exercício diário — e o gosto por azeite de oliva. Ela agora está determinada em ser a "pessoa mais velha na academia, em vez da pessoa mais jovem em um lar de idosos".
Mesmo convivendo com osteoartrite, uma condição que causa rigidez e dor nas articulações devido à degeneração da cartilagem protetora nas extremidades dos ossos, a centenária não deixa de ir um dia na academia.
Ela afirma que tudo começou como uma brincadeira entre ela e o filho, mas que agora virou um hábito que ela não deixa de fazer. Lasa começou a frequentar a academia aos 94 anos, onde passou a usar pesos para ganhar massa muscular, fortalecer os ossos e retardar o início da demência.
“Antes disso eu já era ativa. Usava uma bicicleta ergométrica e caminhava bastante, mas [minha cuidadora e meu filho] me incentivaram a ir à academia e, honestamente, foi a melhor coisa que fiz nos últimos anos”, revelou.
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Ela diz que, durante o inverno, sua rotina é levantar as 08h da manhã, sair para caminhar se não estiver chovendo e ir para à academia com o filho.
“Passamos duas horas fazendo musculação; não fazemos exercícios aeróbicos na academia. O treino de força me faz sentir viva e também é muito bom para a minha mente”, afirmou.
Quando se trata de longevidade, o treinamento de força — seja com o uso de pesos ou apenas com o peso corporal — é considerado há muito tempo um dos melhores indicadores de expectativa de vida.
Estudos demonstraram que a fraqueza muscular — especialmente nas pernas — está associada a um risco aumentado de mortalidade por todas as causas, doenças cardíacas e até demência.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os adultos façam pelo menos 150 minutos de exercício de intensidade moderada por semana, ou 75 minutos de exercício vigoroso.
Segundo Lasa, fazer exercício físico é a melhor coisa que um idoso pode fazer. O treino dela ativa todos os grupos musculares, desde os maiores até os sistemas cardiovasculares, neuromotores e esqueléticos, ajudando a melhorar a saúde óssea e a prevenir a atrofia relacionada à idade.
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“Gosto muito de ser um exemplo para outras pessoas; pelo menos é o que me dizem quando me escrevem”, disse Lasa que já tem mais de 112 mil seguidores em suas redes sociais.
A senhora não atribui sua longevidade apenas à boa forma física, ela também credita seu amor por vegetais e azeite de oliva por tê-la ajudado a ultrapassar essa marca.
"Ser ativo é o melhor, mas a alimentação também é importante. Moramos no campo e temos muitas frutas e verduras. E embora comamos carne branca, quase não consumimos farinha ou açúcar”, afirmou.
A dieta mediterrânea, rica em vegetais, gorduras saudáveis e carnes magras, é há muito considerada o segredo da longevidade e saúde dos espanhóis, bem como dos baixos índices de obesidade e doenças relacionadas à alimentação.
Mas, no início deste ano, cientistas descobriram que seguir o plano religiosamente poderia reduzir o risco de morte prematura em mais de um quinto.
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E os especialistas de Madri descobriram que o azeite de oliva era um dos quatro alimentos mais importantes para reduzir o risco de mortalidade.
Agora, como mãe viúva de um filho e sem netos, Lana quer inspirar as gerações mais jovens a cuidarem de seus corpos desde cedo.
"O importante é ter um objetivo, não importa qual seja, não importa quão pequeno seja. Você precisa ter motivação para sair da cama e fazer as coisas, e para tudo isso, precisa ser minimamente funcional. A vida é uma luta constante e você precisa continuar lutando com determinação”, disse.