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OUTRO LADO: empresa responsável não comenta; órgão ambiental aplica multa de R$ 1,2 milhão

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O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, voltou a renovar sua máxima histórica nominal nesta quarta-feira. Ao encerramento do dia, o índice superou os 158 mil pontos. Com a marca, o índice alcançou seu 28º recorde no ano e acumula, desde o início de janeiro, valorização de 31%. Comitê ligado ao BC: entidade afirma que liquidação do Banco Master não oferece risco a sistema financeiro do país Fitch e Moody's rebaixam nota de crédito do BRB: 'graves riscos' após liquidação do Master' O que guiou o dia nos mercados financeiros globais foi a expectativa maior de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) corte os juros na próxima reunião do comitê de política monetária, daqui a duas semanas. — É um movimento geral e com mais força nos países emergentes. É uma mistura de fatores externos e locais, com IPCA-15 que confirma o comportamento benigno da inflação, e o mercado antecipa cortes na Taxa Selic em janeiro — afirma Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos. A redução do juro americano é vista de perto pelos investidores, pois tende a liberar capital hoje aplicado nos Estados Unidos para outros investimentos que possam dar mais retorno em outros países. Na fila de prioridades, os emergentes lideram o destino dos bolsos globais: — É um movimento mais ligado à lá fora do que ao ambiente doméstico. Foi a tônica do ano: o macro global e um fluxo mais positivo para emergente — diz Daniel Ustch, gestor de renda variável da Nero Capital: — E um grãozinho que venha para o Brasil, como estamos pouco relevantes, faz muita diferença — afirma ele. Até segunda-feira, o saldo do investidor estrangeiro na Bolsa brasileira, isto é, o somatório entre entradas e saídas de capital internacional, está positivo em R$ 28,7 bilhões. No ano passado, este mesmo saldo encerrou em R$ 32,1 bilhões negativos. O movimento do dia, afirma Ustch, é um claro movimento de ingresso do investidor estrangeiro, diante da alta de empresas blue chips, que possuem grande volume de negociação, como a Vale e as instituições financeiras. Os preços descontados das ações também se torna um atrativo para o investidor estrangeiro, afirma Luís Fonseca, sócio e gestor de ações da Nest Asset Management: — Se olhar o preço/lucro esperado para os próximos doze meses, o Brasil está em torno de dez. A média dos emergentes é 14, 15. Se o valuation (avaliação das empresas) vier a ficar na média dos emergentes, seria 50% de aumento — compara ele. Em Miami: Vorcaro comprou mansão de R$ 460 milhões este ano, diz site dos EUA A medida entre preço e lucro é um indicador olhado de perto por investidores. Basicamente resume a quantidade de anos que o investidor precisaria para ter, apenas com os lucros obtidos pela empresa, a aplicação inicial gasta na compra da ação. Quando esta medida está abaixo da média histórica, os analistas afirmam que as ações estão “descontadas”. Para o gestor da Nest, a pauta bomba votada no Senado, prevendo aposentadoria especial para agentes de saúde, não entrou no radar dos investidores apesar da possível pressão fiscal. O índice renovou, também, a máxima histórica intraday, quando o pregão ainda está aberto, aos 158.714 pontos. Queda da Selic no radar Divulgado mais cedo, o IPCA-15 ligeiramente acima das previsões não anulou também a expectativa de que o juro brasileiro inicie um ritmo de flexibilização a partir de janeiro. Na curva de juros, negociada em contratos no mercado, os investidores estimam que, após um corte em janeiro, a taxa sofra mais duas reduções de meio ponto percentual nas reuniões de março e abril de 2026. — Em doze meses, o IPCA-15 ficou dentro do intervalo da meta. O ambiente está mais favorável para a política monetária. E teremos um ciclo de alívio relevante, como mostrou as expectativas do Focus (boletim do Banco Central) — avalia Ustch, da Nero. Divulgada na última segunda-feira, a pesquisa do BC com participantes do mercado financeiro revelou expectativa para a Selic em 12% no fim do ano que vem, uma redução de três pontos porcentuais em treze meses. Mansão de Vorcaro em Miami: Conheça de propriedade luxuosa de R$ 460 milhões; veja fotos Relatório do Itaú BBA, assinado pelo estrategista-chefe Daniel Gewehr, mostra que, às vésperas de corte de juros pelo Fed e pelo BC brasileiro, há uma antecipação dos investidores para entrar na Bolsa local, que costuma valorizar cerca de 20% em até seis meses após o início de ciclo do afrouxamento. Dólar cai O dólar registrou queda nesta quarta-feira, alcançando os R$ 5,33, desvalorizando 0,77%. Foi um movimento global, diante das renovadas expectativas de redução do juro americano em dezembro. No momento de fechamento do mercado de câmbio no Brasil, às 17h, 23 moedas mais líquidas de todo o mundo se valorizavam frente ao dólar. — Na segunda-feira, a leitura ainda era de não ter corte. E aí vieram dirigentes (do Fed), falaram mais no sentido de corte, e agora o mercado estima em mais de 80% as chances de corte — diz Helena, da B.Side, avaliando que o desempenho do câmbio ainda pode mudar até dia 10, data da reunião, a depender de novos indicadores que podem ser divulgados da economia americana. A plataforma FedWatch, que estima a possibilidade de cortes através de contratos negociados no mercado americano, mostrava previsão pelos investidores em 85% uma redução na taxa em dezembro. Initial plugin text

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