A Agência Espacial Brasileira (AEB) cometeu uma gafe ao realizar uma postagem oficial em comemoração aos 152 anos de Santos Dumont, considerado o “pai da aviação”. A arte usada nas redes sociais contém algumas imprecisões, como, por exemplo, a posição do piloto no histórico 14-Bis, uma das invenções do brasileiro. Na postagem, Santos Dumont está posicionado na parte frontal da aeronave, quando o correto seria na traseira. Em pedido de desculpas, a AEB informou que usou inteligência artificial para compor a imagem. Sob Marco Temporal: Violência contra indígenas no Brasil cresce em 2024, aponta relatório Um computador, um rádio, um drone e uma espingarda: Como missionários estão alcançando os povos isolados na Amazônia Outros erros podem ser vistos na arte postada no último dia 20 de julho, como os trens de pouso longe do piloto, as hélices equivocadamente representadas e a asa esquerda incompleta. A imprecisão do desenho chamou atenção dos seguidores da agência. "Não é possível que ninguém nessa agência tenha visto o desenho do 14-Bis totalmente errado", comentou um internauta. "É nisso que dá usar IA e não passar por uma revisão séria", criticou outro. "Santos Dumont deve ter rolado na sepultura vendo esse 14-Bis", disse um terceiro. O que diz a Agência Espacial Brasileira? A AEB admitiu a falha na arte e retificou o conteúdo em outra publicação, com uma errata. "Na postagem comemorativa pelos 152 anos de Santos Dumont, veiculada em nossas redes no dia 20 de julho, nós utilizamos uma imagem gerada por inteligência artificial. A proposta era prestar uma homenagem visual ao inventor, mas o resultado apresentou inconsistências históricas na representação do 14 Bis, notadamente em sua estrutura e proporções", escreveu o órgão nesta segunda-feira. Initial plugin text A agência agradeceu a quem alertou o órgão sobre as inconsistências e conclui a mensagem dizendo que segue comprometida "com a divulgação científica responsável e a valorização do nosso patrimônio aeroespacial". O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a quem a AEB está submetida, também foi procurado, mas não respondeu até a publicação da reportagem. (*estagiário sob supervisão de Alfredo Mergulhão)