Ex-policial e jornalista investigativo diz que IA pode apontar onde está Madeleine McCann
Mark Williams-Thomas, ex-policial, apresentador de TV e jornalista investigativo inglês, afimou que a investigação do desaparecimento de Madeleine McCann deveria ser assumido por uma inteligência artificial (IA). Segundo ele, depois de 18 anos de "trapalhadas" e milhões gastos por policias de três países diferentes, já passou da hora de os detetives humanos saírem de cena.
Veja também: Polonesa que dizia ser Madeleine McCann afirmou também ser duas outras meninas desaparecidas
Saiba mais: Jovem que dizia ser Madeleine McCann chora em tribunal ao ouvir que a ciência prova que ela mentiu
Williams-Thomas, de 55 anos, acusou as forças policiais de não colaborarem entre si porque, segundo ele, simplesmente não se gostam. Em entrevista exclusiva ao "Daily Star", o ex-policial de Surrey (Inglaterra) disse:
“A IA seria muito útil no caso Madeleine, especialmente se envolvesse todas as forças policiais do Reino Unido, da Alemanha e de Portugal. Nenhuma delas tem uma boa relação. Se conseguissem trabalhar juntas e compartilhar todos os dados de cada parte da investigação, acho que seria muito revelador o que poderia identificar", afirmou.
De acordo com Williams-Thomas, a tecnologia poderia apontar possíveis suspeitos, conhecidos ou não e abriria novas linhas de investigação. Além disso, o jornalista disse que "há muitas provas, mas tudo depende de os três países aceitarem deixar a IA entrar no caso. Isso não vai acontecer por enquanto, porque as forças não se entendem. Portugal tem sua visão, os alemães têm outra e o pessoal da Scotland Yard tem a deles", explicou.
Segundo ele, é preciso entender o tamanho dessas investigações e como os policiais acabam completamente imersos nelas e que, às vezes, eles se fixam em uma hipótese e seguem com ela, mesmo quando surgem informações que a colocam em dúvida.
Kate e Gerry McCann com uma imagem de como Madeleine estaria em 2014
AFP
"É muito difícil para um investigador sênior admitir que talvez tenha se enganado. Essa é uma falha da mente humana. A maioria das pessoas tem dificuldade em reconhecer um erro", declarou ele. "Imagine: você aparece na TV dizendo 'acreditamos nisso, acreditamos naquilo', e depois chegam dados que mostram que estava errado. Seria preciso muita coragem para um policial dizer: 'Na verdade, eu me enganei'. A diferença entre a IA e os seres humanos é que os humanos têm falhas, a IA não", emendou Williams-Thomas.
O desaparecimento de Madeleine, então com 3 anos, de um apartamento de férias na Praia da Luz (Portugal) durante férias com a família em 2007, continua sendo um mistério que intriga o mundo até hoje.
O principal suspeito no caso do desaparecimento de Madeleine é o alemão Christian Brueckner. Mesmo com a polícia tendo convicção de que ele assassinou a menina de três anos, ele foi solto da prisão em setembro deste ano.
O alemão de 47 anos cumpriu seis anos de uma pena de sete anos por estuprar uma idosa em Praia de Luz, o resort no Algarve (Portugal), de onde Madeleine desapareceu em 2007 durante férias com a família.
*estagiário sob supervisão de Fernando Moreira