<div>Como se inventa um mundo ficcional? Por onde começar a criar ambientes mágicos ou distópicos para a sua história? Onde buscar referências para o universo em que a sua narrativa se passa, seja ela...

Recentemente, ele foi fotografado no braço do cantor Zeca Pagodinho, no bumbum do ator José Loreto e até mesmo no filho de Marília Mendonça, Léo, de cinco anos. O aparelho, também chamado de sensor, é responsável por fazer o acompanhamento dos níveis de glicemia no corpo, ou seja, a quantidade de glicose (açúcar) no sangue. Obesidade: genética pode ajudar a prever, ainda na infância, risco da condição, indica novo estudo Especial 100 anos: 'Precisaremos estimular mais o atendimento humanizado': Paulo Moll aponta os 7 desafios na saúde para as próximas décadas Normalmente, é colocado no braço por meio de uma agulha de silicone. É indolor e pode ser utilizado por, no máximo, 14 dias de forma contínua. Esses monitores fornecem informações 24 horas sobre as concentrações de açúcar no sangue. Os dispositivos trazem benefícios que salvam vidas para pessoas com diabetes, o problema é que eles ganharam popularidade entre pessoas sem diabetes. As vendas foram impulsionadas por profissionais de marketing de alto nível, como Casey Means, indicado para o cargo de cirurgião-geral dos EUA. Mas eles são benéficos para as pessoas que não precisam medir a glicose o tempo todo? “Há poucas evidências de que os monitores sejam úteis para pessoas com níveis normais de açúcar no sangue. Corpos saudáveis podem regular eficazmente a glicose após as refeições e fornecer a energia necessária para o funcionamento”, afirma Jody Dushay, especialista endócrino do Beth Israel Deaconess Medical Center. E complementa que os monitores podem levar as pessoas a interpretar erroneamente as oscilações normais de açúcar no sangue que ocorrem após as refeições ou atividades. "O problema de usar isso é que você pode simplesmente criar uma patologia quando ela não está lá", disse Dushay. 100 anos de O GLOBO: 'Teremos de responder rapidamente às emergência climáticas': Sidney Klajner aponta os 7 desafios na saúde para as próximas décadas Quando pessoas saudáveis comem uma refeição que contém carboidratos, o nível de açúcar no sangue sobe, atinge o pico e cai em resposta ao alimento. Um nível saudável de glicemia em jejum para uma pessoa sem diabetes é de aproximadamente 70 miligramas por decilitro a 99 miligramas por decilitro. Uma faixa de 100 a 126 miligramas por decilitro indica pré-diabetes e acima de 126 miligramas por decilitro indica diabetes, de acordo com a Associação Americana de Diabetes. Em adultos sem diabetes, os níveis de açúcar no sangue podem subir para 140 miligramas por decilitro ou mais dentro de uma hora após uma refeição, antes de retornar aos níveis normais em duas ou três horas, de acordo com a associação. É um sinal de que o corpo está processando o açúcar normalmente. Durante muitos anos, esses dispositivos estavam disponíveis apenas para pessoas com diabetes, entretanto, no ano passado, a Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória americana, aprovou os primeiros monitores de venda livre. O que fez muitas empresas começarem a comercializá-lo. Como o aparelho funciona? O aparelho mede os níveis de glicose a partir do líquido intersticial, um fluído presente nas células. O paciente, por meio de um aplicativo de celular, encosta o aparelho no sensor que faz uma rápida varredura, ou scanner, mostrando os resultados da quantidade de açúcar no sangue. O adesivo com o sensor, que tem o tamanho de uma moeda de um real, é aplicado abaixo da pele na região posterior superior do braço. Dessa forma, é possível monitorar os níveis de açúcar no sangue através do escaneamento do sensor (com um aparelho que vem incluso na caixa) ou por um aplicativo. Adolescência: o que os pais podem fazer para proteger os filhos online, segundo especialistas O aparato realiza leituras de glicose continuamente a cada 15 minutos e consegue armazenar até 8 horas de dados. Além disso, permanece na pele após qualquer contato com água, em banhos ou na piscina. Além do sensor, os pacientes que convivem com a condição podem acompanhar os índices de açúcar no corpo por meio do glicosímetro (furo no dedo). A diferença é que não tem um monitoramento contínuo, mas sim pontual no decorrer do dia, porém, especialistas garantem que um tratamento não exclui o outro. E que ambos devem ser usados como aliadas. Por exemplo, se o sensor falhar ou mostrar dados divergentes, o furo no dedo é mais preciso e pode trazer uma visão mais objetiva dos fatos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2019 para cá houve um aumento de 16% dos casos de diabetes no mundo. Isso significa que, em menos de três anos, mais de 70 milhões de pessoas desenvolveram a doença. No Brasil, a entidade acredita que podem existir até 16 milhões de indivíduos doentes. Já a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) estima que pelo menos 12,5 milhões de brasileiros têm diabetes.