Trump é ignorado pelo Nobel da Paz de 2025 apesar de acordo de cessar-fogo em Gaza
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi preterido pelo Comitê Norueguês do Nobel na escolha do vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2025, mesmo após ter mediado o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que pôs fim a dois anos de guerra na Faixa de Gaza. O prêmio foi concedido à líder da oposição venezuelana María Corina Machado, reconhecida por sua luta pacífica pela democracia em seu país.
De acordo com o jornal inglês Daily Mail, Trump vinha se apresentando nas últimas semanas como um candidato natural ao Nobel, após anunciar um plano de paz de 20 pontos para o Oriente Médio que resultou na libertação de reféns e na interrupção dos combates em Gaza. O republicano, que retornou à Casa Branca em janeiro, afirmou ter “encerrado várias guerras” e buscava projetar sua imagem como pacificador global.
Apesar da expectativa, o nome do presidente não foi incluído na lista final de indicados. Um dos motivos seria o prazo de inscrições, que se encerrou em janeiro de 2025, pouco depois de Trump reassumir o cargo — o que teria deixado suas recentes ações fora da janela de avaliação.
Durante seus dois mandatos, Trump já foi indicado mais de dez vezes ao Nobel da Paz, por líderes e parlamentares de países como Israel, Camboja, Ucrânia, Suécia e Noruega, mas nunca recebeu o prêmio.
A escolha de María Corina Machado, que desafiou o regime de Nicolás Maduro e se tornou símbolo da resistência democrática na Venezuela, frustrou aliados de Trump, que viam no acordo de Gaza o principal trunfo do presidente para finalmente ser reconhecido.
Mesmo sem o Nobel, Trump reforçou nos últimos dias sua narrativa de “construtor da paz mundial”. Em seus discursos, ele tem afirmado que sua diplomacia é “baseada em resultados reais, não em aplausos de elites internacionais”.