A Ilha de Paquetá se prepara para um dezembro especial. Moradores e coletivos locais uniram forçaspara organizar um Natal comunitário, marcado por sustentabilidade, tradições culturais e homenagens à história da ilha. A programação do projeto “Paquetá Natal Luz e Cultura – 470 anos” — referência ao primeiro registro feito por um europeu da ilha, em 1555, por parte do cosmógrafo francês André Thevet, integrante da expedição Villegagnon — começa nesta sexta-feira às 18h, quando será acesa a Árvore de Natal na Praça Pedro Bruno, em frente à estação das barcas. Os festejos seguem com atividades programadas até 6 de janeiro de 2026 entre as quais shows, contação de histórias, concursos de rabanada e decoração de fachada residencial, entre outras. Sustentabilidade como tema e símbolo Destaque deste ano, a árvore de Natal temática tem inspiração na preservação ambiental, marcando um tributo aos povos originários Tamoios, Temiminós e Tupis, primeiros habitantes da ilha. A decoração foi produzida com folhas e plantas secas, além da flor de madeira, espécie característica de Paquetá, reforçando a mensagem de respeito ao ambiente natural. Alunos da Escola Municipal Joaquim Manuel de Macedo também participaram da produção dos enfeites, utilizando materiais da natureza recolhidos na própria ilha. A ação reforça o vínculo entre educação, memória ambiental e participação comunitária. Paquetá é o único bairro carioca integralmente reconhecido como Área de Proteção do Ambiente Cultural (APAC). O tombamento provisório ocorreu em 1986, e o reconhecimento final veio em 1999, por meio do decreto municipal nº 17.555. Cultura, economia local e espírito comunitário Além de celebrar o aniversário da ilha, o evento também busca fortalecer a economia local. Hospedarias, restaurantes, bares, artesãos, feirinhas e microempreendedores ligados ao turismo, gastronomia e hospitalidade esperam aumento no movimento durante as festas. Com sua rotina tranquila e a paisagem marcada pela natureza exuberante no coração da Baía de Guanabara, Paquetá retoma, mais uma vez, a tradição de celebrar o Natal de forma coletiva, reafirmando seu caráter acolhedor e comunitário.