partisan of hate
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blsphmr.bsky.social
partisan of hate
@blsphmr.bsky.social
infelizmente não tem como *todo mundo* dar o rabo até alcançar os portões do paraíso da evanescência, do não-ser—alguém vai ter que nos comer: “algo”, um sujeito talvez, algum homem ou besta, em todo caso uma força, uma agressão, uma violação (e nada aqui eh racialmente inocente). então nada mudou.
December 1, 2025 at 6:30 PM
“if, according to bersani, barebacking can be said to be grotesquely imitative, fucking no one and wanting to be fucked by everyone effectively suspends the idea of ascesis as ethical performativity and thus its ability to function as a reproducible claim.”
December 1, 2025 at 6:30 PM
“se submetendo” ao “terror” e ao “perigo” da outridade racial durante algumas horas, se desfazendo durante alguns instantes pra depois se recompor e dizer tchau, te vejo na próxima sessão? acho que o problema eh o mesmo que marriott encontra na discussão sobre barebacking do bersani:
December 1, 2025 at 6:30 PM
se tudo que sujeitos racializados podem fazer eh superar o medo, o anseio por segurança e por “fantasias de semelhança”, pra assumir a imago racial que lhes foi imposta e se deliciar com sua própria abjeção—enquanto o sujeito branco continua ali deitado, passivo,
December 1, 2025 at 6:30 PM
*encarna* essa força enquanto vontade, postura e decisão? se essa inversão racial entre agente da morte e objeto da morte *eh* proposital e ele a performa narrativamente como uma espécie de sugestão de “práxis” queer-racializada então qual seria a “ética” desse ensaio,
December 1, 2025 at 6:30 PM
e como anseio (psíquico) por um estado de indiferenciação. pq o sujeito branco cede e falha em coerir frente a essa força que o ultrapassa (e portanto não pode ser inteiramente “culpado” por aquilo que deseja, por fantasias raciais as quais “se sujeita”), enquanto o sujeito não-branco…
December 1, 2025 at 6:30 PM
ao “rejeitar a adoção de uma postura defensiva” frente aos horrores que o esperam… ao mesmo tempo que, teoricamente falando (mas agr em referência direta ao sujeito branco enquanto ficção precária), ele compreende a noção de self-shattering como não-agencial, como ímpeto suicida…
December 1, 2025 at 6:30 PM
(o “for him and for me” não me escapa tho.)
December 1, 2025 at 3:49 PM
want might be another problem, but want’s based on memory, on fantasy, on the way things might have been. without these I couldn’t want him, but I could have created him anyway as something to avoid, as a barrier to desire and hence its fixation. (Gary Fisher)
December 1, 2025 at 3:49 PM
eh o mau queer, não o bom queer. simplesmente não existem ideais progressistas ou igualitários que possam ser consolidados por meio desses objetos. eh uma negatividade queer que não eh produtiva em seu caráter retrógrado, logo, não merece a “honra” de ser nomeado como tal.
November 30, 2025 at 4:07 PM
eles precisam de objetos que cumpram funções reparativas—eles jamais vão olhar analiticamente pra turistas sexuais brancos e homofascistas pelo mesmo motivo que a teoria queer jamais olhou pra pedófilos e fetichistas raciais (brancos): não vale a pena. nada de positivo sai disso.
November 30, 2025 at 4:07 PM
não como prática autoconsciente mas como um fator inerente a qualquer produção pornográfica interracial digital em sua reiteração e circulação de estereótipos raciais/sexuais… mas se eles nunca vão fazer isso eh mais pq, como diz kadji amin em sua crítica à teoria queer,
November 30, 2025 at 4:07 PM
eh um livro que constantemente coloca freios em si mesmo pq no fundo sabe as possíveis implicações (políticas) daquilo que afirma.
November 30, 2025 at 3:53 PM
qnd eu digo que ele se restringe a atender as demandas legitimatórias de uma comunidade que teme confrontar, de fato, seus próprios apetites (e sua historicidade) eh tb pq ele não tem sequer a coragem de fazer mais do que isso e levar o próprio argumento às últimas conclusões.
November 30, 2025 at 3:53 PM
e qualquer ética/erótica postulada jamais eh universal, eh sempre contextual, particular, pra indivíduos seletos e que já estão, desde o começo, dispostos e interessados em praticá-lo… e com nenhuma segunda intenção maligna. qnd eu descrevo o livro como auto-ajuda pra pessoas kink,
November 30, 2025 at 3:53 PM
mas esses três pontos jamais se unem em uma conclusão lógica: o enaltecimento do race play como uma *demanda* ética/sexual num mundo formado por sujeitos racialmente traumatizados. pq ela não eh louca e nem os fãs do livro são (as of yet), então ela se contenta com a mera sugestão…
November 30, 2025 at 3:53 PM
que tem como finalidade um maior bem-estar, gozo e o aumento da capacidade agencial do sujeito; e 3. enfatiza o race play como uma dessas estratégias dentro do contexto da sexualidade pela maneira como confronta diretamente a diferença racial, pela maneira como “perverte” sua temporalidade erótica.
November 30, 2025 at 3:53 PM
to the fascinations and cruelty of culture as a way of making real the pure and perfect joys of a jouissance not his own. as such, this is a child ever eager to shinny up the pole of his own undoing: in this embrace he declares a war on the world from the intimacy of his own fascist imagining.
November 30, 2025 at 12:34 PM