Mulher espancada no Rio: vídeo mostra americano dando mais de 20 socos em namorada em 19 segundos
Pouco mais de três horas após se hospedar em um apartamento, alugado por temporada em uma plataforma digital, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, o turista americano Eric Christian Diaz Hernandez, de 24 anos, foi flagrado por uma câmera de um elevador espancando a namorada, também americana, de 22, com socos e chutes. Imagens da agressão, ocorrida na madrugada do dia 26 de outubro, mas divulgadas apenas nesta quarta-feira, mostram a intensidade da violência. Um dos vídeos mostra que, num intervalo de apenas 19 segundos, a mulher foi atingida por mais de 20 murros no rosto e na cabeça.
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Turista americano agride namorada com mais de 15 socos em elevador de prédio em Botafogo
A vítima também teria ainda sido espancada em um corredor e no interior de um quarto onde casal iria dormir. As agressões teriam acontecido após uma discussão por motivos passionais. Moradores do edifício, que ouviram gritos e o barulho do espancamento, acionaram a síndica Amanda Di Massi. Ela verificou as imagens da agressão no elevador e chamou a polícia. PMs prenderam o americano após ele abrir a porta do apartamento. Na delegacia, segundo a Polícia Civil, o suspeito foi autuado em flagrante por crime de lesão corporal de natureza doméstica. A vítima teve cortes na cabeça e traumas na face. Ela foi atendida inicialmente por um morador do prédio que é médico. Em seguida, foi levada para um hospital onde precisou ser medicada e levar 20 pontos.
Turista americano agride namorada com mais de 20 socos em elevador de prédio em Botafogo
— Fui acordada com gritos, moradores me ligando. Quando a gente chegou lá no corredor, a gente escutou aqueles gritos todos. E aí a gente não sabia o que estava acontecendo. Quando eu olhei pela janela, para tentar ver alguma coisa pela varanda, pela lateral, eu o vi (Eric) jogando roupas com sangue, assim, sabe? Molhada, pesada, para fora, pela varanda deles. Do quinto andar. Aí foi que a gente falou, está acontecendo alguma coisa mais séria. Foi o tempo da polícia chegar— disse Amanda Di Massi.
Erick Christian Diaz Hernandez responde por lesão corporal de natureza violência doméstica
Reprodução
Após ser preso, Eric passou por uma audiência de custódia. O flagrante chegou a ser convertido em prisão preventiva. No dia 25 de novembro, o agressor teve a prisão relaxada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro(TJRJ). Ele responde pelo crime em liberdade. Procurado, o TJRJ informou apenas que o caso tramita em segredo de Justiça. Segundo moradores, o estado em que o apartamento se encontrava, logo após o suspeito ter aberto a porta, revelam que a vítima poderia ter morrido caso as agressões não fossem interrompidas.
— Era sangue por todo o apartamento. Pelo corredor também. E não eram gotinhas não, era um sangue mesmo. Pela parede, pelo chão, sangue assim no batente das portas, no lençol e nas toalhas. E era muito. Tanto que a cabeça dela teve um ferimento grande, que precisou de 25 pontos — disse, a síndica.
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O médico Pablo Encinas, morador do prédio onde as agressões aconteceram, deu o primeiro atendimento a jovem agredida.
— A menina estava totalmente agitada, confusa. Principalmente, ela não conseguia falar, tinha medo do toque de qualquer pessoa, ou de alguém que se aproximasse, principalmente homem. Estava sangrando na cabeça. Comecei a conversar. Eu atendo em UPA e sei que isso acontece. E a gente sabe da importância do vínculo do médico com o(a) paciente. Ela autorizou que eu examinasse onde estava sangrando. Levantei um pouco o cabelo, e verifiquei que tinha uma lesão corto-contusa extensa, na região temporal do crânio. Corto porque é cortante. Contusa porque foi usado alguma coisa para bater. Ela estava com múltiplos hematomas na face, tanto que estava até deformada — disse Pablo.
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O GLOBO não conseguiu falar com os advogados que defendem Eric. Mas, em uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou um pedido de habeas corpus, anterior a data da saída do suspeito da prisão, há a alegação da defesa de que a vítima teria declarado se tratar de um fato isolado. E que não temeria pela integridade física, não tendo requerido medidas protetivas.
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