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Um morador do distrito da Cidade Tiradentes, no extremo Leste da cidade de São Paulo, vive em média 62 anos. Já no Alto de Pinheiros, bairro nobre da Zona Oeste, a expectativa de vida é de 82 anos. Os dados são do Mapa da Desigualdade de São Paulo da Rede Nossa São Paulo, divulgado nesta quinta-feira (27), que analisou 12 indicadores de trabalho, renda, saúde, habitação, mobilidade, cultura, segurança pública e direitos humanos nos 96 distritos da capital paulista. O mapa levou em consideração a idade média em que morreram os moradores de todos os distritos do município em 2024, com base nos dados da Secretaria Municipal de Saúde, e mostra que em 41 deles, o indicador é inferior a 70 anos. Depois de Alto de Pinheiros, são os distritos de Moema, Jardim Paulista e Pinheiros onde mais se vive – uma idade média de 81 anos. Já os distritos onde se morre mais cedo na capital são, além de Cidade Tiradentes, Guaianases, Iguatemi, Grajaú, Pedreira, Jardim Ângela, São Rafael e Brás, onde as pessoas morrem com, em média, 63 anos. Com exceção do Brás, que fica na região central, todos os bairros estão nas periferias. Idade média ao morrer por distrito em São Paulo O mapa revela o tamanho da influência do CEP na renda dos paulistanos. No Pari, Zona Leste da capital, a remuneração média é de R$ 1.232,21 por mês. Em penúltimo lugar está São Miguel, também na Zona Leste, com média de R$ 2.014,62 mensais, e Marsilac, no extremo Sul, onde o salário médio mensal é de R$ 2.077,31. Já no top 3 dos maiores salários, está o Itaim Bibi, onde a renda média gira em torno de R$ 8.274,57 por mês. Em seguida, vem Alto de Pinheiros, com R$ 8.115,83 e Santo Amaro, onde se ganha, em média R$ 8.092,71 mensais. As diferenças dentro da cidade são exemplificadas por outros índices, como a gravidez na adolescência e a condição das moradias. O Jardim Paulista tem a menor taxa de gravidez na adolescência (0,14%). O número considera a porcentagem de nascidos vivos de meninas e mulheres com menos de 20 anos em relação ao total de nascimentos. A Cidade Tiradentes fica na última posição, com uma taxa de 11,09% de gravidez na adolescência. Gravidez na adolescência por distrito em São Paulo Viver nas regiões mais centrais e nas periferias também impacta no acesso à cultura. O número de equipamentos de cultura para cada cem mil habitantes na República é de 24,62, enquanto em locais como Marsilac, Iguatemi, Aricanduva, Vila Matilde, Jaguaré, Pedreira e Vila Medeiros é zero. No meio ambiente, a situação se inverte, e bairros do extremo Sul e da Zona Norte, mais próximos à Serra da Cantareira, têm uma emissão de poluentes menor do que em regiões centrais, como a Sé, República e Bela Vista. Neste caso, o mapa analisou a emissão de material particulado associada às viagens de ônibus, gerado por combustão e por desgaste de pneus, frios e pistas sobre a área do distrito onde a emissão ocorreu, com base em dedados do Inventário de Emissões Atmosféricas de Transporte Rodoviário de Passageiros do Município de São Paulo (IEMA).